Pedidos de seguro-desemprego nos EUA caem pela primeira vez em três semanas

Na semana encerrada em 13 de agosto, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego diminuíram para 250 mil, abaixo dos 264 mil estimados; resultado indica que demanda por mão de obra continua saudável

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Por Molly Smith
18 de Agosto, 2022 | 10:38 AM

Bloomberg — Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caíram pela primeira vez em três semanas, sugerindo que a demanda por mão de obra continua saudável.

Na semana encerrada em 13 de agosto, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego diminuíram em 2 mil, para 250 mil, de acordo com dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta quinta-feira (18). Os dados vieram abaixo do estimado por economistas consultados pela Bloomberg, de 264 mil pedidos.

O resultado da semana até o dia 13 é é particularmente importante porque corresponde ao período de referência do relatório de emprego do governo americano de agosto, que será divulgado no início do próximo mês.

Os pedidos contínuos de seguros-desemprego estaduais subiram para 1,44 milhão na semana encerrada em 6 de agosto – o maior desde o início de abril.

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Pedidos contínuos aumentam para o maior nível desde o início de abrildfd

A queda nos pedidos de auxílio-desemprego aponta para uma demanda de trabalho ainda saudável, à medida que as empresas tentam atrair e reter funcionários em meio à escassez persistente de trabalhadores.

Mesmo assim, vários empregadores estão demitindo funcionários ou congelando contratações em meio à incerteza econômica, o que pode continuar à medida que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, continue em seu caminho de aumento das taxas de juros.

As autoridades do Fed, contudo, estão cautelosas em aumentar demais as taxas em sua luta contra a inflação, de acordo com a ata da última reunião do Fomc (Federal Open Market Committee, grupo equivalente ao Copom), divulgada na quarta-feira (17). No documento, os dirigentes do Fed afirmam que o mercado de trabalho continua forte, embora os pedidos de seguro-desemprego, que geralmente têm tendência de alta nos últimos meses, apontem para um abrandamento.

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“Alguns participantes indicaram que as empresas estavam interessadas em reter trabalhadores – um fator que poderia limitar o aumento de demissões associadas a um mercado de trabalho em desaceleração”, disseram os formuladores de políticas.

O que diz a Bloomberg Economics

“Os pedidos iniciais de seguro-desemprego para a semana encerrada em 13 de agosto caíram ligeiramente para 250 mil de 252 mil anteriores – uma considerável revisão para baixo de 262 mil conforme relatado originalmente, ajustando sazonalmente os dados”, destaca a economista Eliza Winger.

Entre algumas das empresas que reduziram a base de funcionários está a Apple (AAPL), a exchange de criptomoedas Genesis e a Rapid Micro Biosystems.

Os dados de seguro-desemprego podem ser irregulares a depender da semana, e o período anterior foi revisado para baixo. A média móvel de quatro semanas, que suaviza essas oscilações, caiu ligeiramente para 246.750. Essa é a primeira queda desde o início de abril.

Em uma base não ajustada, os pedidos de seguro-desemprego iniciais caíram para 191.834 na semana passada. Nos estados da Califórnia e Ohio os pedidos caíram mais, enquanto reivindicações em Massachusetts, que foram voláteis nas últimas semanas, registraram um grande aumento.

-- Com a colaboração de María Paula Mijares Torres e Jordan Yadoo.

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