Metais se aproximam de patamares recordes com menor receio por variante delta

Sucesso da China em conter um novo surto de Covid-19 aumentou a confiança nas perspectivas para a demanda

Cobre subiu 0,4% para US$ 9.410 a tonelada nesta madrugada
Por Bloomberg News
25 de Agosto, 2021 | 08:27 AM

Bloomberg — Os preços do cobre subiram pelo quarto dia consecutivo em Londres, em meio a sinais de demanda resiliente, enquanto o alumínio foi negociado perto do nível mais alto em mais de três anos, conforme as interrupções no fornecimento apertam o mercado.

Os metais básicos se recuperaram esta semana, já que o sucesso da China em conter um novo surto de Covid-19 aumentou a confiança nas perspectivas para a demanda. Os indicadores do mercado físico sugerem que o apetite do país por cobre está subindo rapidamente.

Também há sinais de que a queda nos preços da semana passada está atraindo os consumidores de volta ao mercado, ao mesmo tempo que desencoraja as vendas por parte dos fornecedores de sucata de cobre. No final da semana passada, a sucata de cobre de alta qualidade na China estava sendo negociada com um prêmio em relação ao metal refinado, indicando que o fornecimento de sucata havia secado rapidamente, de acordo com a BMO Capital Markets. Por sua vez, os altos preços da sucata e a falta de disponibilidade podem impulsionar a demanda por metal refinado.

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“Essa dinâmica é obviamente incomum e não faz sentido economicamente, mas é um sinal de que talvez a venda estava ficando à frente dos fundamentos”, disse Colin Hamilton, diretor-gerente de pesquisa de commodities da BMO, por telefone de Londres. “Temos alguns sinais iniciais de que os compradores chineses pararam de estocar e estão voltando ao mercado.”

O alumínio também se aproximou do patamar acima de US$ 2.700 a tonelada, impulsionado pela recuperação econômica global que deve ajudar nas compras de bens que vão de automóveis a torradeiras. O metal subiu 33% este ano - perdendo apenas para o estanho entre os seis metais básicos negociados na Bolsa de Metais de Londres - também com as apostas de que o maior produtor, a China, reduzirá o fornecimento para reduzir as emissões. No curto prazo, espera-se que o racionamento de energia no país asiático diminua ainda mais a produção.

Ainda, um grande incêndio em uma refinaria de alumina jamaicana deve apertar o mercado de uma matéria-prima importante para fundições de alumínio, potencialmente corroendo as margens que subiram durante a alta do metal.

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O alumínio subiu 0,7%, para US$ 2.633 a tonelada na bolsa de Londres, perto dos US$ 2.642 de 30 de julho, o maior nível desde abril de 2018. Em Xangai, o metal subiu até 1,4%, para 20.705 yuans por tonelada, o maior desde 2008.

Já o cobre subiu 0,4% para US$ 9.410 a tonelada, levando o ganho desta semana para 4,1%. Todos os metais subiram, com ganhos de ritmo de chumbo com um aumento de 1,5%.

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