:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/GE7XW24FYVHSRBA3AC2Z43RDEM.jpg "No início deste mês, o Mercado Livre havia divulgado planos para aumentar sua capacidade logística no Brasil")
Bloomberg — Maior empresa de comércio eletrônico da Argentina e da América Latina, o Mercado Livre anunciou hoje a compra da companhia logística brasileira Kangu, em uma etapa que visa consolidar sua posição dominante na região.
A empresa sediada em Buenos Aires já tinha um acordo estratégico com a Kangu, que atua no Brasil, Colômbia e México, segundo nota. A Kangu oferece mais de 5.000 pontos de envio e entrega para vendedores e consumidores que compram itens online ou desejam devolvê-los. Mais da metade deles está no Brasil.
A empresa também oferece seus próprios serviços de transporte marítimo. O Mercado Livre não divulgou o valor da transação.
O Mercado Livre, que obtém cerca de dois terços de sua receita de e-commerce e outros serviços financeiros, cresceu fortemente durante a pandemia, à medida que os latino-americanos se adaptaram às compras online e aos pagamentos digitais.
Durante a pandemia, quando os volumes de pedidos aumentaram, a rede auxiliar da Kangu desempenhou um papel importante no aumento da entrega
Renato Pereira, diretor de desenvolvimento corporativo do Mercado Livre
No início deste mês, a empresa divulgou planos para aumentar sua capacidade logística no Brasil, seu maior mercado. A empresa pretende fechar 2021 com oito centros de distribuição, 18 centros de cross-docking e mais de 100 centros de última milha na maior economia da região.
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O Mercado Livre oferece entregas em menos de 24 horas em 50 cidades brasileiras e no dia seguinte em 2.100 cidades. “O acordo vai aumentar a eficiência das operações e capilaridade, mantendo nosso foco em entregar aos clientes brasileiros o mais rápido possível”, disse Pereira.
O Mercado Livre desenvolveu a maior parte de seus negócios internamente, mas também adquiriu algumas empresas nos últimos anos, incluindo a Axado do Brasil em 2016. A empresa havia adquirido uma participação não divulgada na Kangu no segundo semestre de 2020.
Cerca de 91% dos embarques foram entregues pela rede logística própria do Mercado Livre no segundo trimestre, segundo Leandro Bassoi, vice-presidente da empresa.
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