G7: Líderes assumem compromisso com apoio à Ucrânia por tempo indeterminado

Maiores economias do mundo estão reunidas na Baviera, Alemanha, para uma série de reuniões nesta semana

G7: Líderes falam sobre inflação e ameaça de recessão
Por Bloomberg News
26 de Junho, 2022 | 10:13 AM

Bloomberg — Os líderes do G7, das maiores economias do mundo, se comprometerão a fornecer apoio indefinido à Ucrânia para sua defesa contra a invasão da Rússia, de acordo com o texto de um projeto de declaração de sua cúpula na Baviera.

“Continuaremos a fornecer apoio financeiro, humanitário, militar e diplomático e permaneceremos com a Ucrânia pelo tempo que for necessário”, disse o texto de um esboço de comunicado visto pela Bloomberg. A declaração é importante porque os membros da aliança estão preocupados com a guerra e alguns, incluindo Alemanha e França, deram a entender que podem estar mais abertos à ideia de um cessar-fogo negociado.

Os líderes do G7 também estão avaliando a possibilidade de usar receitas de tarifas sobre importações da Rússia para apoiar a Ucrânia, segundo o documento.

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Johnson descarta conversa sobre tensões com Biden (11h30)

O porta-voz oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, rejeitou a ideia de que seu chefe teria tido uma reunião tensa com o presidente americano, Joe Biden, descartando a falta da típica reunião bilateral agendada publicamente entre os dois na cúpula.

Johnson e Biden “terão muitas horas de discussões” tanto na reunião do G7 quanto na cúpula da Otan em Madri a partir de terça-feira, disse o porta-voz Max Blain a repórteres, acrescentando que acredita que Biden está se encontrando apenas com os líderes anfitriões em cada evento.

Pressionado sobre se o relacionamento de Johnson com Biden era tenso, Blain disse: “Acho que essa seria a conclusão totalmente errada a se tirar”.

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Líderes do G7 estão preocupado com as perspectivas econômicas: Scholz (10h)

Scholz disse que os líderes tiveram discussões detalhadas sobre a atual crise de energia e o aumento da inflação, que todos concordaram ser motivo de preocupação, e que estavam determinados a enfrentar os riscos para suas economias “de maneira coordenada”.

Ataque com mísseis russos é uma ‘barbárie’: Biden (7h40)

O presidente dos EUA, Joe Biden, condenou um ataque com mísseis russos em Kyiv no início deste domingo (26), dizendo a repórteres que era “mais uma barbárie”.

Quatro mísseis russos atingiram edifícios residenciais no centro da capital ucraniana após bombardeios generalizados no norte e oeste do país no sábado, incluindo lançamentos de mísseis do espaço aéreo da Bielorrússia.

O ministro da Defesa da Rússia fez sua primeira visita às tropas que servem na Ucrânia, enquanto Putin se reuniu com seu colega bielorrusso e prometeu sistemas de mísseis com capacidade nuclear.

França não se opõe ao teto do preço do petróleo (7h30)

Embora a França não se oponha à proposta dos EUA de um teto de preço do petróleo, ela quer uma discussão mais ampla com os produtores de petróleo, de acordo com um alto funcionário francês. As sanções da UE têm um impacto mais forte sobre a Rússia do que um possível teto para o preço do petróleo, acrescentou o funcionário, que pediu para não ser identificado.

Os líderes do G-7 também abordarão as negociações nucleares com o Irã, e a produção iraniana deve fazer parte das discussões sobre os preços do petróleo, disse o funcionário.

Charles Michel diz que o G-20 é chave mesmo com Putin (7h)

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, não descarta participar do G-20 em Bali em novembro, mesmo que Putin vá, dizendo que os canais multilaterais podem ser um fórum para a condenação internacional da invasão na Ucrânia.

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“Seria difícil sentar à mesma mesa com Vladimir Putin. Por outro lado, apoiamos uma abordagem multilateral, apoiamos a cooperação internacional”, disse Michel, que lidera o fórum de líderes da UE. “Queremos matar o G-20, que é um órgão importante, especialmente nessas circunstâncias?” A Indonésia, atual presidente do G-20, convidou o líder russo a participar, assim como o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy.

Biden diz que o G-7 ‘não vai quebrar’ (6h30)

Scholz deu as boas-vindas a Biden nas conversas individuais durante o evento na Baviera. Em 2015, Angela Merkel se uniu ao então presidente Barack Obama quando a cúpula do G-7 foi realizada no mesmo local, consolidando seu relacionamento próximo.

A linguagem corporal era um pouco rígida, com Scholz mal falando, embora Biden tentasse esquentar as coisas relembrando suas experiências de esqui. Enquanto se sentavam, Biden lembrou Scholz sobre sua prioridade mais importante na reunião: mostrar uma frente unida contra Putin.

“Temos que ficar juntos porque Putin conta desde o início que de alguma forma a Otan – e o G-7 – se fragmentaria”, disse Biden. “Mas não o fizemos e não vamos. Portanto, não podemos deixar essa agressão tomar a forma que tem e sair impune”.

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Johnson reitera alerta de ‘fadiga da Ucrânia’ (6h30)

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que é inevitável que cidadãos e políticos se cansem da guerra na Ucrânia e enfatizou a necessidade de unidade contínua na aliança internacional contra a Rússia.

Questionado se estava preocupado com uma fratura no apoio ao governo em Kyiv, Johnson disse a repórteres: “Acho que a pressão existe e a ansiedade existe, temos que ser honestos sobre isso”.

“Temos colocar discussões sobre as implicações do que está acontecendo, as pressões que amigos e parceiros individuais estão sentindo, o que as populações estão sentindo – seja sobre os custos de sua energia ou comida ou qualquer outra coisa”, acrescentou.

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