Coinbase e 2TM, dona do Mercado Bitcoin, desistem de fusão, dizem fontes

Empresa americana disse que contratou o ex-executivo do Uber e PicPay Fábio Tonetto Plein como diretor para o Brasil na semana passada

Coinbase
Por Rachel Gamarski e Hannah Miller
03 de Maio, 2022 | 08:22 PM

Bloomberg — A 2TM Participações, dona do Mercado Bitcoin, e a americana Coinbase (COIN) desistiram de conversas para uma fusão, disseram duas pessoas com conhecimento direto do assunto.

As negociações, que tinham o JPMorgan Chase & Co (JPM) como assessor pelo lado da 2TM, foram suspensas, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões não são públicas.

A Coinbase está “comprometida com o mercado brasileiro e possui liderança local em tecnologia e negócios”, disse um porta-voz da companhia à Bloomberg News em comunicado. A 2TM Participações, a maior corretora de criptomoedas sediada no Brasil, não quis comentar.

A empresa americana disse ainda que contratou o ex-executivo do Uber (UBER) e PicPay Fábio Tonetto Plein como diretor para o Brasil na semana passada e que está expandindo as contratações no maior país da América Latina.

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A aquisição teria ajudado a expansão internacional da Coinbase, que pretende ampliar sua base de usuários e torná-los mais ativos. A empresa também está em negociações para comprar a corretora de criptomoedas turca BtcTurk.

A 2TM recebeu em novembro investimentos de US$ 50 milhões da 10T Holdings, uma empresa de private equity dos EUA focada em empresas digitais, e da Tribe Capital, um fundo de capital de risco com sede em São Francisco. Também participaram as brasileiras PIPO Capital Gestão de Investimentos, o TC Traders Club e a Endeavor Brasil.

Os US$ 50 milhões fizeram parte de uma segunda rodada de investimentos que começou com uma capitalização de US$ 200 milhões do SoftBank Latin America Fund anunciada em julho, que avaliou a empresa em US$ 2,15 bilhões e criou o segundo unicórnio de criptomoedas na América Latina.

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As ações da Coinbase fecharam em US$ 123,56 nesta terça-feira, alta de 2% nas últimas 24 horas.

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