BofA diz que ações nos EUA podem evitar ciclo de quedas. Mas há uma condição

Para que mercado de ações evite cair num ciclo de queda, juros futuros de Treasuries precisariam ficar abaixo de 5%, de acordo com Michael Hartnett

Photographer: Gabby Jones/Bloomberg
Por Sagarika Jaisinghani
13 de Outubro, 2023 | 01:30 PM

Bloomberg — O estrategista do Bank of America (BAC), Michael Hartnett, acredita que as ações dos EUA podem evitar uma perspectiva sombria, desde que os rendimentos dos títulos fiquem abaixo da alta histórica de 5%. Hartnett, conhecido por suas visões mais pessimistas em Wall Street, afirmou que o índice S&P 500 pode continuar sendo negociado acima de 4.200 pontos a curto prazo nesse cenário.

Uma queda do índice abaixo desse nível seria impulsionada por um dólar mais forte, rendimentos dos juros mais altos, o preço do petróleo ultrapassando US$ 100 o barril e “sinais claros” de que um aperto de crédito para pequenas empresas estaria causando desemprego mais elevado, escreveu Hartnett em uma nota neste 12 de outubro.

O nível de 4.200 está próximo da média móvel de 200 dias do índice, considerada um nível de suporte técnico chave que os traders usam para avaliar se a tendência de longo prazo está em alta ou baixa. O S&P 500 se aproximou desse nível no início de outubro, à medida que os rendimentos dos títulos dos EUA atingiram o nível mais alto em 16 anos. Desde então, o índice subiu 2,8% à medida que os rendimentos recuaram e agora está registrando seu segundo avanço semanal consecutivo.

Para 2024, Hartnett disse que a “melhor aposta otimista” era que uma recessão e cortes nas taxas pelo Federal Reserve (Fed) impulsionariam ganhos em títulos e ouro, além de um amplo rali no mercado de ações. O estrategista permaneceu pessimista para o ano de 2023, mesmo com o S&P 500 subindo 13%.

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Com os fundos de mercado monetário ainda registrando entradas anualizadas de US$ 1,4 trilhão neste ano, os investidores precisam ver uma contração econômica, bem como cortes nas taxas para “vender dinheiro” e “iniciar novas compras”, disse o estrategista.

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