Inteligência artificial afetará quase 40% dos empregos ao redor do mundo, diz FMI

Estudo apresentado durante Fórum Econômico Mundial em Davos aponta que economias avançadas podem ter cerca de 60% dos empregos afetados

Pedestre caminha nas ruas de Davos, na Suíça, no domingo (14), onde está sendo realizado o Fórum Econômico Mundial
Por Alicia Diaz
15 de Janeiro, 2024 | 11:36 AM

Bloomberg — A inteligência artificial afetará quase 40% dos empregos globais, com maior exposição das economias avançadas do que de mercados emergentes e países de baixa renda, de acordo com análise do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Na maioria dos cenários, a IA irá provavelmente agravar a desigualdade geral, uma tendência preocupante que os tomadores de decisões devem abordar proativamente para evitar que a tecnologia alimente ainda mais as tensões sociais”, disse a diretora-geral do FMI Kristalina Georgieva em uma postagem de blog sobre o estudo.

O efeito da desigualdade de rendimentos da IA dependerá em grande parte do quanto a tecnologia complementa os que ganham mais.

A maior produtividade dos trabalhadores com rendimentos elevados e das empresas aumentaria os retornos de capital, ampliando a disparidade de riqueza, disse Georgieva.

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Os países devem fornecer “redes de segurança social abrangentes” e programas de reciclagem para trabalhadores vulneráveis, disse ela.

Embora exista potencial para a IA substituir totalmente alguns empregos, o cenário mais provável é que complemente o trabalho humano, de acordo com a análise. As economias avançadas podem ter cerca de 60% dos empregos afetados, mais do que os países emergentes e de baixo rendimento.

A abordagem de Georgieva sobre a inteligência artificial coincide com a reunião de líderes empresariais e políticos globais no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, onde a IA é um tema de discussão.

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As empresas têm investido dinheiro na tecnologia emergente, por vezes suscitando preocupação entre os funcionários sobre o futuro das suas funções.

Um exemplo é o BuzzFeed, que anunciou planos de usar IA para ajuda na criação de conteúdo e fechou seu principal departamento de notícias, com a demissão de mais de 100 funcionários.

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