Hashdex lança ETF de finanças descentralizadas na B3 nesta quinta

Destinado ao público em geral, o ETF possui taxa de administração de 1,3% e busca replicar o “CF DeFi Modified Composite Index”

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17 de Fevereiro, 2022 | 10:00 AM

Bloomberg Línea — Começa a ser negociado nesta quinta-feira (17) na Bolsa brasileira B3 o novo fundo de índice (ETF) da Hashdex, o “DEFI11″, de finanças descentralizadas.

Desenvolvido em parceria com a CF Benchmarks, provedor global de índices cripto, o DEFI11 busca replicar o índice “CF DeFi Modified Composite Index”.

Inicialmente, a carteira do ETF deverá contar com 12 ativos, divididos em três categorias: Protocolos DeFi que oferecem soluções práticas e modernas para serviços financeiros: Unisawap, AAVE, Compound, Maker, Yearn, Curve, Synthetix e AMP; Protocolos de Suporte, que auxiliam protocolos DeFi com serviços de armazenamento e consulta de dados, verificação de identidade e soluções de escalabilidade: Polygon, Chainling e The Graph; e, por fim, Plataformas de Registro, blockchain nas quais as transações são validadas e registradas. Desta categoria, a selecionada foi a rede Ethereum.

“Trata-se de um índice que segue rigorosos critérios de elegibilidade para obter a melhor representação do mercado global de DeFi”, escreve a Hashdex, em nota.

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Destinado ao público em geral, o quarto produto da gestora – que possui cerca de R$ 4 bilhões sob gestão –, possui uma taxa de administração total de 1,3% (0,3% do DEFI11 mais 1,0% do ETF Hashdex DeFi Index).

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Segundo a Hashdex, o objetivo do produto é “oferecer uma exposição diversificada, segura e regulada ao universo de DeFi – um setor que possui grande potencial para transformar o mercado financeiro tradicional”.

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O que é Decentralized Finance (DeFi)?

Decentralized Finance (DeFi) é um novo tipo de infraestrutura financeira, baseada em blockchain, que possui um conjunto de protocolos abertos, não-permissionados e altamente interoperáveis construídos em plataformas de smart contracts públicos, como é o caso da blockchain Ethereum.

O DeFi busca replicar os serviços financeiros existentes e independe de intermediários e instituições centralizadas. Em vez disso, é baseado em protocolos abertos e aplicativos descentralizados (DApps). Os acordos são executados por código e as mudanças legítimas de estado persistem em um blockchain público.

DEFI11 x QDFI11

O produto da Hashdex seria o primeiro do mundo de finanças descentralizadas, mas a QR Asset Management saiu na frente e lançou, na semana passada, um ETF de mesma estratégia: o “QDFI11″.

Com taxa de administração de 0,9% e cota negociada na casa dos R$ 11 na Bolsa, o ETF da QR Asset também está disponível para investimento para o público em geral.

O QDFI11 tenta replicar o índice “Bloomberg Galaxy DeFi Index”, que busca selecionar as DeFis com maior probabilidade de sucesso.

Entre os critérios para a inclusão de novos ativos na carteira está a obrigatoriedade de que o ativo seja negociado e custodiado por instituições reguladas; deve ter ao menos três fontes de preço aprovadas pela Digital Asset Research; e precisa atender aos critérios de elegibilidade por três meses consecutivos antes de ser incluído no índice.

Atualmente, o portfólio do “Bloomberg Galaxy DeFi Index” possui nove protocolos de finanças descentralizadas: Uniswap (UNI), Aave Decentralized Lending Pools (AAVE), MakerDao (MKR), Compound (COMP), Yearn.finance (YFI), SushiSwap (SUSHI), 0X (ZRX), Synthetix (SNX) e Curve (CRV).

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.