Avança busca de acordo para evitar greve nos aeroportos em novembro

Representantes do SNEA e SNA marcam nova reunião para a próxima quarta-feira e prometem agilizar as negociações

Passageiros e funcionários circulam vestindo máscaras contra o novo coronavírus (Covid-19) no Aeroporto Internacional Tom Jobim- Rio Galeão
29 de Outubro, 2021 | 04:18 PM

São Paulo — Representantes do SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), entidade sindical que representa as empresas aeroviárias de transporte regular de passageiros, retomam, na próxima quarta-feira (3), as negociações com 11 entidades sindicais (aeroviários e aeronautas) que representam os trabalhadores do setor, dentre essas o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), a fim de evitar a paralisação das categorias, convocada para o próximo dia 20 de novembro.

Ontem (28), as partes participaram de um reunião, onde se firmou um compromisso de agilizar a negociação, um avanço nas conversas. Segundo relato do SNA, foi possível debater “pontos importantes” e estabelecer um “diálogo convergente”, que mostra que há uma “busca mútua de alinhamento” entre SNEA e SNA.

“Não há lados, mas sim, um debate positivo que visa encontrar as melhores alternativas para o momento que o setor aéreo está vivendo”, informou o SNEA, em comunicado.

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Uma das reivindicações da categoria é que os salários dos aeronautas sejam reajustados, a partir de 1º de dezembro de 2021, pelo percentual do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado de 1º de dezembro de 2019 a 30 de novembro deste ano.

“As companhias compreenderam os pontos que foram trazidos pelo SNA para essa conversa e estão confiantes e empenhadas em buscar a melhor solução, considerando o período compreendido na presente data base, o tema continuará sendo trabalhado nos próximos encontros. Além disso, as empresas e o SNA se comprometeram a realizar reuniões mais frequentes para dar mais celeridade ao processo de negociação sindical”, informou o SNEA.

Os itens sugeridos na pauta inicial das empresas foram revistos, com exclusão de alguns pontos, firmando-se o compromisso de apresentação do detalhamento daqueles pontos, seguidos de suas respectivas cláusulas, segundo a entidade dos aeroviários.

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O SNEA argumentava, na semana passada, antes da reunião de ontem, que o eventual fim da vigência do instrumento coletivo acarretaria a eliminação imediata de diversos direitos sociais e econômicos, além do fim de regramentos operacionais essenciais que se encontram previstos exclusivamente na Convenção Coletiva de Trabalho, com impacto negativo, inclusive, para as próprias empresas.

Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.