Cobli, startup de logística investida do SoftBank, recebe R$ 100 milhões do IFC

Bloomberg Línea — A Cobli, empresa de tecnologia para logística, informou nesta quarta-feira (12) que recebeu um aporte de US$ 20 milhões (R$ 100 milhões) liderado pelo IFC (International Finance Corporation, braço financeiro do Banco Mundial) e Fifth Wall, além da Qualcomm Ventures, NXTP Ventures e GLP que já eram investidores da empresa.

“Não estamos divulgando exatamente o valuation, mas ele foi bem mais do que foi da última rodada” disse Rodrigo Mourad, presidente e cofundador da startup, em entrevista à Bloomberg Línea. A Cobli tem um modelo de negócio semelhante ao da americana Samsara.

A empresa já tinha recebido duas rodadas de investimento, uma em 2019 com a NXTP e Valor Capital e em 2021 com o SoftBank e a Qualcomm.

A startup foi fundada em 2017 por Parker Treacy e Rodrigo Mourad operando IoT (internet das coisas) para logística, com sensores instalados nos veículos que captam informações sobre localização, trajetos, acelerações, imagens de vídeo, frenagens e outros, enviando os dados para a plataforma e permitindo administrar consumo de combustível, manutenções preventivas e modo de condução dos motoristas.

A Cobli lançou recentemente uma câmera, a Cobli Cam, combina IoT com inteligência artificial e big data. A ideia de Mourad é solucionar a assimetria da informação para que fosse possível saber o que está acontecendo com os carros e caminhões que trafegam pelas rodovias do país para que, com processos melhores, as decisões de negócio também fossem aprimoradas.

“Nossa tese inicial foi que o Brasil tem uma logística super complexa e faltava oferta de um produto para ajudar a ter ganhos de eficiência”, disse Mourad.

Hoje, a Cobli tem 6.000 empresas clientes que conectam seus veículos à plataforma. A startup tem 400 funcionários. No ano passado, a empresa diz ter crescido o faturamento em mais de 100%, embora não divulgue números.

A Cobli sugere rotas mais eficientes e automatiza processos e custos. “Sempre tivemos a cabeça de utilizar os recursos eficientemente, então mesmo no momento de capital mais abundante, não fomos super agressivos”, disse Mourad.

O novo aporte será investido na equipe de pesquisa e desenvolvimento de produto. A Cobli também quer investir em atender melhor empresas muito grandes. Hoje, cerca de 40% da receita da startup vem de grandes empresas.

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