Bloomberg — O Pátria Investimentos está intensificando sua aposta no chamado direct lending — o empréstimo direto — na América Latina.
Uma das maiores gestoras de ativos alternativos da região levantou US$ 314 milhões por meio de veículos incluindo seu primeiro fundo desse tipo dedicado à América Latina, de acordo com Javier Montero, sócio do Pátria.
Metade desse montante já foi alocado via empréstimo direto em dólares para companhias “do México ao sul” do continente.
“A oportunidade é enorme”, disse Montero em entrevista à Bloomberg News em Nova York. O conceito “vem crescendo exponencialmente após a crise de 2008 nos mercados desenvolvidos, mas ainda é sub-representado na América Latina.”
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O Pátria, que tem US$ 45,8 bilhões em diferentes estratégias, já fechou oito transações dessa natureza, incluindo no setor de infraestrutura da Colômbia e no setor de telecomunicações da Argentina.
Embora a classe de ativos tenha crescido e se tornado uma indústria global de US$ 1,6 trilhão, os investimentos em crédito privado na América Latina somaram apenas US$ 4,8 bilhões ao final do ano passado, de acordo com dados da LAVCA, a associação regional para investimentos privados.
Pares, incluindo Gramercy e RBC BlueBay Asset Management, tem expandido em crédito privado direto em alguns cantos do mundo emergente, preenchendo um vazio deixado pelos bancos que se afastaram do risco.
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Cerca de 80% do fundo do Pátria dedicado à América Latina tem se concentrado em empréstimos diretos, de acordo com Juan Luis Rivera, managing partner do Pátria. Estruturas como mezanino e transações secundárias respondem por cerca de 20%.
O processo de levantar o fundo, que começou há cerca de um ano, aconteceu “muito mais rápido do que pensávamos”, disse Rivera. “Vamos voltar ao mercado mais cedo.”
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