Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em um novo patamar recorde nesta quarta-feira (26), se recuperando das perdas na semana passada.
O principal índice da B3 avançou 1,70%, aos 158.555 pontos. Já o dólar caiu 0,77%, cotado a R$ 5,34.
Os ativos brasileiros acompanharam o maior apetite ao risco global com a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos, o que fortalece as bolsas e enfraquece o dólar.
Os movimentos se aprofundaram, no entanto, após fala de Tarcísio de Freitas em evento realizado pelo UBS na tarde desta quarta-feira.
O governador de São Paulo segue negando a intenção de se candidatar à presidência nas eleições de 2026, mas afirmou que a direita irá apresentar um projeto de desenvolvimento ao país que vencerá as eleições e que irá “livrar o Brasil do PT”, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.
No cenário doméstico, o dia já havia começado positivo com investidores reagindo à divulgação da prévia da inflação brasileira em novembro, que ficou dentro do intervalo da meta definida pelo Banco Central na variação em 12 meses.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,20% em novembro, segundo dados do IBGE divulgados nesta manhã.
A inflação desacelerou para ficar dentro do teto da meta, em 4,5% em 12 meses, pela primeira vez desde janeiro. A meta de inflação do BC é de 3% ao ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Na véspera, o diretor de política monetária do Banco Central, Nilton David, já havia declarado que novos aumentos da taxa básica de juros não fazem mais parte do cenário base da autarquia.
David disse que, se a pressão inflacionária continuar a arrefecer, espera-se que o próximo passo do BC seja um corte – ainda que o cenário macroeconômico continue incerto.
Entre as ações, a Vale (VALE3) e os bancos impulsionaram o índice. Analistas apontaram a entrada de fluxo estrangeiro em um dia de apetite ao risco.
A mineradora subiu 1,49% nesta quarta-feira. Entre os bancos, a maior alta foi do Bradesco (BBDC4) que subiu 3,01%, seguido por Itaú (ITUB4), com ganhos de 2,36%.
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No exterior, os principais índices de ações mantiveram os ganhos com a expectativa renovada de um novo corte de juros na próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em 9 e 10 de dezembro.
O sentimento ganhou força depois da divulgação de dados econômicos mais fracos e comentários de dirigentes do Fed que reacenderam as apostas de corte de juros ainda neste ano.
Analistas do ING destacaram que o mercado voltou a precificar 90% de chance de corte no mês que vem.
O S&P500 subiu 0,69%, enquanto o Nasdaq Composite e o Dow Jones tiveram altas de 0,82% e 0,67%, respectivamente.
-- Com informações da Bloomberg News.
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