Sam Bankman-Fried, da FTX, é preso nas Bahamas a pedido do governo dos EUA

Autoridades de ambos os países investigam a responsabilidade do cofundador da FTX no colapso da exchange de criptoativos no mês passado

Em entrevistas na mídia desde o colapso da FTX, Bankman-Fried admitiu grandes erros gerenciais
Por Katanga Johnson e Gillian Tan
12 de Dezembro, 2022 | 09:27 PM

Bloomberg — Sam Bankman-Fried, cofundador e ex-CEO da exchange de ativos digitais FTX, foi preso nas Bahamas nesta segunda-feira (12), informou o governo do país.

A detenção de Bankman-Fried ocorreu após uma notificação dos Estados Unidos de que havia apresentado acusações criminais contra ele, disse o procurador-geral das Bahamas em comunicado. As autoridades de ambos os países vinham investigando sua responsabilidade no colapso da empresa no mês passado.

Em comunicado, o procurador do Distrito Sul de Nova York, Damian Williams, disse que a prisão foi feita a pedido do governo americano.

Mais de 100 entidades relacionadas à FTX entraram com pedido de recuperação judicial nos EUA em 11 de novembro. A empresa e Bankman-Fried estão enfrentando investigações nos EUA e nas Bahamas, onde a empresa estava sediada, sobre uma série de possíveis más condutas.

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O colapso do grupo deixou milhares de investidores com prejuízos somados de mais de US$ 3 bilhões.

Uma investigação importante é se os fundos dos clientes foram emprestados de forma indevida, sem autorização, à Alameda Research, que ele também fundou.

Em entrevistas na mídia desde o colapso da FTX, Bankman-Fried admitiu grandes erros gerenciais, mas também afirmou que nunca tentou cometer fraude ou infringir a lei.

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Em seus comentários preparados para uma audiência na Câmara dos EUA, à qual estava programado para comparecer amanhã (13), Bankman-Fried ofereceu uma avaliação contundente de sua situação.

“Gostaria de começar declarando formalmente sob juramento: eu ferrei tudo”, disse ele nas declarações obtidas pela Bloomberg News.

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