O melhor restaurante do mundo fica em um estádio; confira ranking

Restaurantes da Rússia foram retirados de ranking neste ano por conta da guerra na Ucrânia e Brasil emplacou cinco estabelecimentos; veja os vencedores

Rankings deste ano foram compilados a partir dos votos de 1.070 pessoas no setor da alimentação
Por Kate Krader
23 de Julho, 2022 | 07:05 PM

Bloomberg — O melhor restaurante do mundo é o Geranium, em Copenhague, de acordo com o ranking “The World’s 50 Best Restaurants”, da William Reed Business Media.

Inaugurado em plena crise financeira, em 2010, o restaurante tem como especialidade a comida escandinava sazonal, servida no 8º andar de um estádio de futebol com vista para o parque. “Todas as probabilidades estavam contra nós”, disse o chef proprietário Rasmus Kofoed, em discurso após o prêmio.

Este é o segundo ano consecutivo que um estabelecimento da capital da Dinamarca está no topo da lista. No ano passado, o restaurante Noma ficou em primeiro.

O segundo melhor restaurante do mundo este ano é o Central, em Lima (Peru). Já em terceiro lugar está o Disfrutar, em Barcelona (Espanha).

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O Brasil ainda conseguiu emplacar cinco restaurantes no grupo, sendo eles A Casa do Porco, D.O.M, Evvai e Mani, em São Paulo, bem como o Lasai, no Rio de Janeiro.

A cerimônia de premiação aconteceu em Londres, no Old Billingsgate, um mercado de peixes reaproveitado no Tâmisa, no meio da onda de calor brutal de Londres. A noite do evento foi projetada para ser a mais quente da história da cidade, com a temperatura em torno de 30ºC.

Alguns donos de restaurantes que ficaram em primeiro lugar em edições anteriores, como Jean Roca de El Celler de Can Roca em Girona, Espanha, apareceram durante a cerimônia para entregar prêmios. O mais surpreendente foi Will Guidara, ex-coproprietário do Eleven Madison Park, que se separou do chef Daniel Humm, atual proprietário do restaurante, e recentemente foi alvo de críticas negativas na imprensa sobre o salário mínimo dos funcionários.

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Rússia de fora da lista

Em fevereiro, o World’s 50 Best anunciou que estava transferindo os prêmios do local original em Moscou, em uma resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia. Não há restaurantes da Rússia na lista deste ano, embora no ano passado houvesse dois lugares em Moscou no top 30.

De acordo com William Drew, diretor de conteúdo do prêmio, embora restaurantes da Rússia tenham ficado de fora, eleitores russos foram incluídos; a votação ocorreu antes da guerra na Ucrânia.

Os ex-vencedores não são elegíveis para ganhar novamente. Isso inclui o Noma, que ganhou cinco vezes o prêmio, inclusive no ano passado. Ele agora figura na categoria “Best of the Best” que inclui o Mirazur no sul da França, que venceu em 2019 e foi o melhor restaurante do mundo por dois anos – dado que os prêmios foram cancelados em 2020 em meio à pandemia.

Com o Eleven Madison Park também na categoria, o principal restaurante dos Estados Unidos é o destino do menu de degustação coreano de Nova York, Atomix, na 33ª colocação. A Ásia, particularmente atingida pelas restrições da pandemia, chegou ao top 20 com Den, em Tóquio. No ano passado, vários restaurantes asiáticos estavam entre os dez melhores.

Sobre os rankings

Compilados a partir dos votos de 1.070 pessoas no setor de alimentação, os rankings deste ano abrangeram 27 regiões no mundo todo.

A lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, que começou em 2002, na revista Restaurant, é organizada e compilada pela William Reed Business Media, com sede no Reino Unido.

A segunda metade da lista, com posições de 51 a 100, foi anunciada no início de julho. Dentre os vencedores estava o de cozinha mexicana Kol, em Londres, do ex-aluno do Noma Santiago Lastra, que foi novidade no ranking, no 73º lugar.

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Outro restaurante de Londres, o Brat, ficou na 81ª posição, apesar de levar o terceiro lugar no Estrella Damm National Restaurant Awards no início deste ano.

O prêmio “One to Watch” (aquele para ser monitorado, em tradução livre) foi para o AM par Alexandre Mazziain Marseilles, que tem três estrelas Michelin e apresenta um menu inspirado na culinária africana. Entre os outros prêmios dedicados, um foi para os fundadores da #CookforUkraine, Olia Hercules e Alissa Timoshkina, como “Campeões que Fazem a Diferença”.

A última vez que um restaurante do Oriente Médio apareceu na lista foi em 2016, quando a filial de Dubai de uma rede com sede na França, La Petite Maison, estava no 99º lugar. Este ano, os restaurantes da região tiveram mais destaque: o experimental Trèsind Studio entrou para a lista ocupando a posição 57, enquanto o Orfali Bros Bistro, também de Dubai, ficou na 87ª posição. Não é à toa que o prêmio “50 Melhores do Mundo” lançou no início deste ano as premiações dos 50 Melhores Restaurantes do Oriente Médio e do Norte da África.

Este ano, a lista apresenta um número extraordinariamente alto de novos restaurantes no grupo: 28 no total, sendo 20 apenas na lista dos 51 aos 100. “O cenário gastronômico mudou significativamente desde o último ano de votação”, disse Drew. Ele observa que há muitas razões pelas quais algumas regiões têm falta de representação, que podem variar de restrições relacionadas à covid até a “mudança de gostos culinários”. “Também pode representar que uma área geográfica está se tornando mais importante”, completou.

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Confira a seguir os vencedores (com a posição no ranking do ano passado entre parênteses). As novas aparições na lista são marcadas por *.

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