SLC resiste à queda generalizada das ações agro na B3

Empresa produtora de grãos sobe na bolsa brasileira impulsionada pela valorização dos preços das commodities, especialmente da soja e do milho

Ações da SLC Agrícola sobem diante da valorização dos preços das commodities nas bolsas internacionais
24 de Fevereiro, 2022 | 11:19 AM

Bloomberg Línea — Entre as ações ligadas direta ou indiretamente ao agronegócio, os papéis da SLC (SLCE3) são as únicas que apresentam valorização na manhã de hoje, após a invasão de tropas da Rússia na Ucrânia. As ações da empresa gaúcha eram cotadas a R$ 42,72, com valorização de 5,39%, às 10h36 em Brasília (veja tabela abaixo).

A SLC é uma das maiores produtoras de commodities agrícolas do Brasil e a alta de seus papéis na bolsa brasileira reflete a disparada dos preços da soja, milho e do trigo na bolsa de Chicago. O grupo agrícola também é grande produtor de algodão, commodity que também opera com ganhos nesta quinta-feira na bolsa de Nova York.

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Todas as demais empresas ligadas direta ou indiretamente ao agronegócio registravam queda. Os papéis da BRF (BRFS3), por exemplo, caíam 6,39%. A empresa vinha aumentando as vendas de carne suína para a Rússia, após a China iniciar uma redução constante nas importações do produto brasileiro nos últimos meses. Apenas em janeiro, a Rússia importou 1,6 mil toneladas de carne suína do Brasil e representou sozinha 2,14% de toda a exportação nacional. No mesmo período do ano passado, não há registro de compras russas.

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As ações da JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) também sentiam a influência do conflito no Leste Europeu. Apesar de a Rússia já ter sido o maior destino da carne bovina brasileira no passado, perdeu espaço especialmente para a China nos últimos anos. Ainda assim, sempre foi um importante cliente para os frigoríficos brasileiros.

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Alexandre Inacio

Jornalista brasileiro, com mais de 20 anos de carreira, editor da Bloomberg Línea. Com passagens pela Gazeta Mercantil, Broadcast (Agência Estado) e Valor Econômico, também atuou como chefe de comunicação de multinacionais, órgãos públicos e como consultor de inteligência de mercado de commodities.