Doria quer manter candidatura até lideranças ‘esgotarem diálogo’

Governador do PSDB acredita que candidatos do “centro democrático” devem se manter no pleito até surgir acordo em torno de um nome

Governador de São Paulo, João Doria, defende que os representantes da terceira via se mantenham candidatos até "esgotamento do diálogo"
22 de Fevereiro, 2022 | 01:58 PM

Bloomberg Línea — O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), candidato a presidente da República, disse nesta terça-feira (22) que não defende a desistência de nenhuma candidatura “até o esgotamento do diálogo entre as lideranças partidárias”.

Depois disso, os principais candidatos do que ele chamou de “centro democrático”, segundo ele, “vão encontrar um tema, um nome em comum e seja o único nome capaz de enfrentar o populismo de extrema direita e de extrema esquerda”.

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O governador evitou fazer previsões e responder se pretende abrir mão de sua candidatura em nome de alguém mais viável. Segundo pesquisa CNT/MDA divulgada ontem (21), Doria tem 1,8% das intenções de voto para presidente. Moro tem 6,4%.

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“Todos que estão participando das eleições têm que manter suas candidaturas. Hoje conversei com a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e falei para ela que tem que manter. O Sergio [Moro] tem que manter também. Temos que manter até o esgotamento do diálogo entre as lideranças partidárias”, disse, em evento organizado pelo banco BTG Pactual.

Já Moro, no mesmo evento, disse que não vê sentido em abrir mão de sua candidatura se ele hoje se ele vê como o que tem “mais chances de derrotar os extremos”.

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Alianças

Na semana passada, o PSDB e o Cidadania anunciaram que vão participar das eleições deste ano numa federação - espécie de coligação partidária que obriga os eleitos das legendas envolvidas a atuarem em bloco durante toda a legislatura, não só nas eleições.

Agora, o PSDB também está em conversas com o União Brasil, resultado da fusão entre DEM e PSL, e com o MDB para agregá-los à federação, conforme contou o próprio governador de São Paulo..

Doria disse gostar da ideia. “Estou aqui exaltando os líderes desses partidos, que têm tido a grandeza de enxergar o Brasil e os brasileiros. Além de crescimento econômico e emprego, o Brasil precisa de paz, e essas conversas buscam a paz.

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Pedro Canário

Repórter de Política da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero em 2009, tem ampla experiência com temas ligados a Direito e Justiça. Foi repórter, editor, correspondente em Brasília e chefe de redação do site Consultor Jurídico (ConJur) e repórter de Supremo Tribunal Federal do site O Antagonista.