Fabricante do Ozempic é 2ª empresa europeia a atingir US$ 500 bi em valor de mercado

Novo Nordisk ultrapassou a marca após divulgação de perspectiva de aumento de 29% do lucro em 2024

Medicamento tem sido usado como um supressor de apetite e usado para emagrecimento
Por Kit Rees
31 de Janeiro, 2024 | 08:08 AM

Bloomberg — A Novo Nordisk (NVO) chegou a um novo patamar e se tornou a segunda empresa europeia a atingir um valor de mercado de US$ 500 bilhões.

A empresa dinamarquesa, que produz os medicamentos injetáveis Ozempic e Wegovy, estendeu sua alta em 2024, à medida que os investidores continuam apostando na alta demanda pelos supressores de apetite conhecidos como GLP-1s.

Os resultados trimestrais da empresa divulgados nesta quarta-feira (31) confirmaram a tendência, com o guidance de uma alta de 29% no lucro operacional este ano, fazendo com que as ações subissem até 4,1% no dia.

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“Vemos a melhora no fornecimento de GLP-1 apoiando quase uma duplicação das vendas de Wegovy (obesidade) e apenas impulso contínuo para Ozempic (diabetes) este ano”, disse o analista Michael Shah, da Bloomberg Intelligence, acrescentando que as projeções da Novo Nordisk para 2024 parecem “conservadoras”.

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A Novo Nordisk superou com folga a LVMH, a única outra empresa europeia a atingir US$ 500 bilhões. Preocupações persistentes com a desaceleração da demanda têm limitado a alta nas ações de bens de luxo, apesar do balanço tranquilizador da empresa francesa na semana passada.

As ações do fabricante de remédios para perda de peso subiram quase 50% em 2023, superando o ganho de 13% do índice Stoxx 600.

No entanto, apesar da alta de 11% este ano, alguns analistas estão céticos de que a Novo Nordisk será capaz de replicar a performance. Segundo dados compilados pela Bloomberg, espera-se que as ações caiam cerca de 3% nos próximos 12 meses.

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“A Novo Nordisk continua sendo nossa opção menos favorita com base na avaliação e nas tendências de longo prazo”, escreveu o analista Peter Welford, da Jefferies, em relatório nesta quarta-feira.

De acordo com Jo Walton, do UBS, em um relatório recente, as “grandes expectativas” para a fabricante de medicamentos já estão refletidas em sua avaliação.

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