Bloomberg Línea — O dólar volta a subir globalmente nesta terça-feira (14), após nova escalada nas tensões entre China e Estados Unidos.
O dia foi também de instabilidade para os principais índices de ações. No Brasil, o Ibovespa (IBOV) fechou estável, em leve alta de 0,07%, aos 141.683 pontos.
Já o a moeda estrangeira avança 0,66% no mesmo horário, cotado a R$ 5,50, após nova escalada do conflito entre EUA e China, desta vez na disputa sobre o transporte marítimo.
A China impôs sanções a cinco subsidiárias americanas da empresa marítima Hanwha Ocean, da Coreia do Sul, proibindo organizações e cidadãos chineses de fazer negócios com as empresas afetadas.
Segundo o governo chinês, as sanções têm como objetivo fortalecer a segurança da China.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, acusou a China de tentar prejudicar a economia global em entrevista ao Financial Times, na segunda-feira (13).
Bessent disse que a recente ação da China sinaliza sua fragilidade econômica, acrescentando que os líderes do país “querem puxar todos para baixo junto com eles”.
Os principais índices americanos reagem às tensões, com o Nasdaq amargando a maior queda, de 1,28%, por volta de 11h15. Dow Jones e S&P500 recuava 0,51% e 0,74% no mesmo horário.
“A China pode precisar dos Estados Unidos muito mais do que o inverso, mas os EUA ainda precisam deles”, disse Matt Maley, da Miller Tabak, à Bloomberg News.
“Portanto, por mais que a temporada de balanços seja muito importante, a questão tarifária voltou a ser, de repente, o foco número um.”
O presidente americano Donald Trump ameaçou a China na última sexta-feira (10), com uma tarifa de 100% a partir de 1º de novembro, diante dos recentes controles de exportação impostos por Pequim.
-- Com informações da Bloomberg News
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