As CEOs e as líderes entre as 500 Pessoas mais Influentes da América Latina

Lista elaborada pela Bloomberg Línea destaca mulheres que lideram empresas e que causam impacto para transformar o Brasil e a América Latina lugares mais prósperos e menos desiguais

As CEOs na lista das 500 pessoas mais influentes da América Latina
20 de Setembro, 2024 | 04:12 PM

Bloomberg Línea — Em sua quarta edição, a lista “As 500 pessoas mais influentes da América Latina e Caribe”, elaborada pelo comitê editorial da Bloomberg Línea, reconhece as lideranças latino-americanas que mais têm impactado positivamente a região com sua atuação. Na seleção deste ano, 35 mulheres do Brasil se destacam entre as que ocupam a presidência de empresas ou são líderes de negócios que geram empregos, criam riqueza e inspiram milhões de pessoas.

Entre elas estão CEOs de grandes companhias de capital aberto, como Cristina Betts, da Iguatemi (IGTI11), Jeane Tsutsui, do Fleury (FLRY3), Tarciana Medeiros, do Banco do Brasil (BBAS3), além de Magda Chambriard, da Petrobras (PETR3; PETR4), a maior empresa brasileira em valor de mercado.

Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza e que foi CEO da varejista entre 2009 e 2015, também é homenageada na lista das pessoas mais influentes da região.

A seleção traz ainda executivas que comandam operações de grandes multinacionais no Brasil ou na América Latina.

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Nesse grupo estão Claudia Muchaluat, da Intel Brasil, Cristina Palmaka, da SAP Latam e Caribe, Juliana Azevedo, da P&G global na divisão de Home Care, Luciana Staciarini Batista, da Coca-Cola, Paula Bellizia, VP de Vendas da Amazon Web Services (AWS) para a América do Sul, Renata Bokel, da WMcCann, Roberta Soares, da Novelis, e Tânia Cosentino, da Microsoft.

O Nubank (NU), que tem Cristina Junqueira como cofundadora, também é liderado no Brasil por uma executiva. Lívia Chanes passou a comandar a operação no país no segundo semestre de 2022, fazendo parte da diretoria executiva do banco digital que é um dos maiores do mundo.

Veja a lista completa das 500 pessoas mais influentes da América Latina em 2024

A Bloomberg Línea destaca ainda empreendedoras que causam impacto em áreas relevantes diversas, da criação de oportunidades para a equidade de gênero e racial ao bem-estar dos brasileiros com uma alimentação mais saudável, da educação financeira à saúde mental e a causas sociais.

Entre elas estão: Adriana Barbosa, CEO da PretaHub e fundadora do Festival Feira Preta; Andrea Schwarz é sócia-fundadora da iigual; Bianca Andrade, criadora da marca Boca Rosa Beauty; Bruna Tavares fundadora e CEO da empresa de maquiagens que leva seu nome e a marca BT; Daniela Binatti, cofundadora e Chief Technology Officer (CTO) da Pismo; Kátia Barros, diretora criativa e cofundadora da marca Farm; e Luana Ozemela, cofundadora da BlackWin (Women Investment Network).

No mesmo grupo, estão ainda: Marcela Ceribelli, CEO da Obvious; Nati Vozza, fundadora e diretora criativa da marca de moda NV; Nathália Rodrigues, criadora do canal no YouTube Nath Finanças; Rachel Maia, da consultoria empresarial RM Cia 360; Regina Ferreira, fundadora e CEO da agência Hutu Casting; Rita Lobo, criadora da plataforma de conteúdo Panelinha; e Tatiana Pimenta, fundadora e CEO da Vittude.

São destaques também Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora e do Instituto RME; Daniela Barone Soares, líder da da Snowball Impact Investment, um fundo de impacto com sede em Londres que visa criar resultados positivos em projetos em todo o mundo; Lidiane Jones, que comanda desde janeiro de 2024 o Bumble, um dos principais aplicativos de relacionamentos do mundo; Natália Paiva, diretora-executiva da Mover, uma coalizão de mais de 50 empresas para liderar iniciativas que reduzam a desigualdade racial no ambiente de trabalho no Brasil; Silvia Massruhá, presidente da Embrapa desde maio de 2023; e Tatiana Monteiro de Barros, cofundadora e líder do Movimento União BR.

A lista da Bloomberg Línea também contempla as executivas latino-americanas na liderança de empresas em seus respectivos países.

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Entre elas estão: Constanza Losada, VP para América Latina da Bristol Myers Squibb; Ileana Rojas, líder da fábrica da Intel na Costa Rica; Katya Somohano, CEO da Iberdrola México; Maite Ramos, managing director da Alstom no México; a mexicana María Eugenia Escobedo, chefe das operações da BMW no Brasil.

Outras lideranças são María Maribel Dos Santos, CEO e VP para o México da Oracle; Renata Milanese, presidente da BASF na Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai; Rosángela Guerra, presidente da Ford na região de Porto Rico, América Central e Caribe; Silvia Davila, presidente da Danone na América Latina.

Confira a seguir um resumo sobre algumas das muitas mulheres CEOs que causam amplo impacto na região e foram incluídas na lista dos 500 Mais Influentes da América Latina da Bloomberg Línea:

Juliana Azevedo

Após dois anos e três meses como presidente da P&G para a América Latina, Juliana Azevedo assumiu em julho de 2024 o cargo de presidente global de Home Care, segunda maior categoria da gigante global de bens de consumo, e P&G Professional.

A executiva brasileira também foi CEO da P&G Brasil de 2018 a 2022 e a primeira brasileira e a primeira mulher a liderar os negócios na América Latina. Há 29 anos na P&G, na qual ingressou como estagiária, Azevedo tem sido uma embaixadora da igualdade de gênero no ambiente corporativo e do desenvolvimento profissional e educacional de jovens.

Adriana Barbosa

Adriana Barbosa é CEO da Plataforma PretaHub e fundadora do Festival Feira Preta, empreendimento econômico-cultural com caráter étnico e considerado o maior evento de cultura negra da América Latina, com mais de duas décadas de existência.

A plataforma que comanda, por sua vez, impactou mais de 10.000 empreendedores pretos, com capacitação e desenvolvimento, gerou estimados R$ 11 milhões em investimentos. Em 2020, Barbosa foi reconhecida como a primeira mulher negra entre os Inovadores Sociais do Mundo no Ano, pelo Fórum Econômico Mundial.

Cristina Palmaka

Cristina Palmaka é presidente da SAP para a América Latina e Caribe desde 2020, cargo para o qual foi promovida depois de liderar por seis anos as operações no Brasil da empresa de origem alemã.

À frente da companhia de softwares para gerenciamento de negócios, Palmaka é uma das principais executivas mulheres do setor de tecnologia da América Latina, e vista como uma liderança feminina inspiradora na região.

A SAP Brasil tem cerca de 15.000 clientes e uma rede com mais de 400 parceiros de negócios. A carreira de Palmaka sempre foi focada em tecnologia, com início na Philips em 1984 e experiência em outras gigantes globais como HP e Microsoft.

Tarciana Medeiros

Tarciana Medeiros se tornou em janeiro de 2023 a primeira mulher na presidência executiva do Banco do Brasil, instituição com mais de 210 anos de existência. Sob sua gestão, o banco tem reforçado as iniciativas de equidade de gênero e de raça, temas dos quais tem sido uma porta-voz de referência no ambiente financeiro e corporativo.

Funcionária do BB há 23 anos, assumiu seu primeiro cargo de gestão no banco em 2002 e atuou nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste em agências e superintendências do varejo. É formada em administração e pós-graduada em Administração, Negócios e Marketing e em Liderança, Inovação e Gestão.

Cristina Betts

Cristina Betts atua desde janeiro de 2022 como CEO do Iguatemi, uma das maiores empresas no setor de shopping centers do Brasil, referência no mercado de luxo. Ela tem liderado a expansão do grupo com foco em estratégias como o desenvolvimento imobiliário nas áreas dos shoppings, a integração com canais digitais e a atração de marcas internacionais.

A executiva, que foi a primeira CEO mulher da empresa, trabalha no Iguatemi desde 2008, em que também foi CFO por 13 anos. É membro do conselho de administração da B3 e do comitê de finanças da Votorantim Cimentos.

Magda Chambriard

Magda Chambriard foi nomeada como CEO da Petrobras em maio deste ano, com a missão designada pelo governo federal de acelerar os investimentos não só em exploração e produção como também em refino, na contramão de decisão estratégica de gestões anteriores.

Engenheira, começou sua carreira na própria estatal em 1980 e trabalhou por três décadas, antes de ser designada como chefe da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2012 - ocupou o cargo até 2016. A executiva defende a necessidade de o Brasil buscar novas áreas para a exploração de petróleo, o que inclui a Margem Equatorial e a Bacia de Pelotas.

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