CEO da Ford: ‘temos 25% mais engenheiros para fazer o mesmo que rivais’

Jim Farley destacou desafio de produtividade dias antes do anúncio de cortes de 3.800 empregos na Europa, em momento de priorização de carros elétricos

Jim Farley, CEO da Ford: atenção redobrada em custos e na competitividade da gigante americana de automóveis
Por Keith Naughton
25 de Fevereiro, 2023 | 04:53 PM

Bloomberg — As áreas de engenharia da Ford Motor (F) podem suportar o peso dos cortes adicionais de empregos aos quais a montadora aludiu após lucros decepcionantes, a julgar pela última entrevista do CEO Jim Farley.

“Precisamos de 25% a mais de engenheiros para fazer as mesmas declarações de trabalho [statement of work, um documento com objetivos e entregas de um projeto] que nossos concorrentes”, disse Farley em “Cars & Culture with Jason Stein”, um programa de rádio da SiriusXM no início do mês.

“Não posso me dar ao luxo de ser 25% menos eficiente.”

Farley disse no início do mês que a Ford perdeu cerca de US$ 2 bilhões em lucros no ano passado como resultado de despesas evitáveis e problemas na cadeia de suprimentos. Ele prometeu cortar US$ 2,5 bilhões em custos neste ano e disse que cortes de empregos estão sobre a mesa.

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No último dia 14, a montadora americana anunciou o corte de 3.800 empregos na Europa, principalmente na Alemanha e no Reino Unido.

Em agosto passado, a Ford eliminou cerca de 3.000 postos de trabalho, a maioria dos quais nos Estados Unidos.

A Bloomberg News informou em julho do ano passado que a Ford estava se preparando para cortar até 8.000 empregos.

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No início do mês, a Ford anunciou que reduziria os bônus de centenas de altos executivos, incluindo Farley, que é CEO desde outubro de 2020. As ações da montadora quase dobraram durante sua gestão.

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