BlackRock tem entrada de US$ 114 bi em ativos apesar da turbulência no mercado

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Bloomberg — Os investidores continuaram a despejar dinheiro nos fundos da BlackRock (BLK) no primeiro trimestre, aparentemente sem se intimidar com a queda dos preços das ações, o aumento da inflação e a guerra na Europa.

Mesmo com a incerteza crescente sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia e a resposta do Federal Reserve ao rápido aumento dos preços ao consumidor, os clientes adicionaram um total de US$ 114 bilhões aos produtos de investimento de longo prazo da BlackRock nos três meses até março, disse a empresa com sede em Nova York nesta quarta-feira (13) em um comunicado.

Os fundos de ações lideraram o caminho, com US$ 76 bilhões, enquanto os fundos de títulos alcançaram US$ 7,5 bilhões - apesar dos mercados de renda fixa ficarem tensos à medida que o Fed começa a aumentar as taxas de juros para combater a inflação em uma alta de quatro décadas.

As entradas vieram mesmo com a queda da confiança dos investidores no período. O S&P 500 encerrou o trimestre com queda de 5%, enquanto o Nasdaq Composite Index caiu 9,1%.

“À medida que o mundo continua enfrentando incertezas geopolíticas e econômicas, nossos investimentos ao longo dos anos para construir a plataforma para todos os cenários na BlackRock nos posicionam bem para aconselhar nossos clientes e ajudá-los a perseguir suas metas financeiras de longo prazo”, disse o CEO Larry Fink no comunicado.

O total de ativos sob gestão da BlackRock caiu para US$ 9,57 trilhões no final de março, depois que a empresa ultrapassou a marca de US$ 10 trilhões no final do ano passado. O lucro ajustado por ação foi de US$ 9,52, superando a estimativa média de US$ 8,79 dos analistas consultados pela Bloomberg.

A empresa registrou receita de cerca de US$ 4,7 bilhões nos três meses encerrados em março, ligeiramente abaixo das estimativas de analistas de cerca de US$ 4,8 bilhões para o período.

A companhia recebeu dinheiro de investidores em diferentes produtos, incluindo ações, renda fixa e alternativas. Os produtos de gestão de caixa tiveram saídas de US$ 27 bilhões no trimestre. Os fundos negociados em bolsa arrecadaram cerca de US$ 56,2 bilhões, abaixo dos US$ 68,5 bilhões no mesmo período do ano passado.

As ações de gestores de ativos e grandes bancos foram atingidas este ano, juntamente com os mercados globais. As ações da BlackRock acumulavam queda de 22% este ano até terça-feira, em comparação com um declínio de 7,7% para o S&P 500.

Aqui estão alguns destaques adicionais da divulgação de resultados do primeiro trimestre da BlackRock:

As taxas de desempenho diminuíram US$ 31 milhões em relação ao mesmo período do ano passado, o que a BlackRock atribuiu em parte à menor receita de seus negócios de alternativas líquidas.
As entradas gerais para fundos de títulos ocorreram apesar das instituições retirarem US$ 2,8 bilhões líquidos de fundos de renda fixa ativos - uma das únicas subcategorias em que a BlackRock viu saídas.
As instituições adicionaram US$ 47 bilhões aos fundos da BlackRock em geral no primeiro trimestre, um aumento de 71% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em um cenário geopolítico caótico, os investidores também colocam dinheiro no cenário internacional: a BlackRock relatou fluxos de US$ 45 bilhões para a região da Europa, Oriente Médio e África. Isso se compara a US$ 41 bilhões na Ásia-Pacífico e US$ 28 bilhões nas Américas.

--Com a colaboração de Alex Wittenberg

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