Flash Benefícios recebe mais de US$100 milhões em rodada Série C

Battery Ventures, Whale Rock, Tencent, Tiger Global, Monashees, GFC e Citius, além de Endeavor Scale Up Ventures, Kevin Efrusy, Hans Tung e Rahul Mehta participam da rodada

Ricardo Salem (CEO), Pedro Lane e Guilherme Lane (CTO) fundaram a Flash em 2019 com a ideia de fazer um produto diferente para vale-refeição e alimentação
09 de Março, 2022 | 05:01 AM

A HRTech de benefícios corporativos Flash anunciou que captou “mais de US$ 100 milhões” em uma rodada Série C com os fundos globais Battery Ventures, Whale Rock e a Tencent. Tiger Global, Monashees, GFC, Citius, e os investidores Hans Tung, Rahul Mehta e Kevin Efrusy também participaram da rodada.

Ricardo Salem (CEO), Pedro Lane e Guilherme Lane (CTO) fundaram a startup em 2019 com a ideia de fazer um produto diferente para vale-refeição e alimentação para competir com os grandes incumbentes do setor como a Alelo, Ticket e a Sodexo.

Eles buscavam flexibilizar o benefício para que o funcionário pudesse escolher onde comer - para além da rede credenciada ao cartão do benefício - se quisesse fazer comida em casa, ou até pedir um delivery.

Assim, o cartão da Flash Benefícios tem bandeira de cartão Mastercard. O que nasceu como um “vale comida” para pequenas e médias empresas foi expandido para outras categorias e grandes companhias. Hoje, a empresa tem a VTEX, Neon, Loggi, Frubana, MadeiraMadeira e Leão Alimentos e Bebidas entre seus clientes.

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“A gente criou o auxílio trabalho remoto, um benefício que não existia no Brasil mas passou a ser requisitado com a pandemia para pagar conta de luz e internet”, explica Salem.

Em 2020, a Flash lançou uma plataforma onde o cliente configura os produtos de benefício - sejam eles próprios da startup ou de parceiros - e tem direito a escolher entre três tipos de planos de saúde.

O cliente também pode escolher como alocar a verba em produtos de mobilidade como estacionamento, gasolina ou Uber, por exemplo. Entre os parceiros da Flash há produtos de bem-estar, de academia, massagem, ou saúde mental.

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No final do ano passado, os executivos da Flash trabalharam com o governo brasileiro em uma uma revisão do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador).

Com a digitalização do RH e a pandemia impulsionando o mercado de benefícios corporativos flexíveis, novos players startups surgiram no mercado brasileiro como a Caju e a Betterfly. Até mesmo o iFood lançou uma divisão de benefícios com vale refeição. A Flash também surfou a onda do crescimento no setor. A empresa disse que cresceu de “cinco a dez vezes” em faturamento, sobre “uma base que já não é pequena”, disse Salem, embora não divulgue números.

Mês a mês, a startup vende em 2022 o dobro do que vendia no ano passado. O crescimento veio com o investimento em marketing e na construção de marca. A Flash era um dos patrocinadores do podcast Flow, que depois retirou a parceria após as falas do apresentador do programa.

Para a Série C, os investidores foram até a Flash, segundo Salem. A empresa já tinha captado em janeiro de 2021 para desenvolver essa plataforma de benefício. Agora, a empresa vai investir em “resolver fluxos transacionais” dos colaboradores, desde benefícios para empréstimos consignados até antecipação salarial, como faz a HRTech Quansa.

A Flash ganha por uma taxa nas transações com seu cartão de benefícios ou com uma assinatura mensal que as empresas pagam por funcionário. “O Brasil tinha uma carência enorme de soluções de RH e é o maior mercado de benefícios do mundo. Existe uma grande tendência global de usar cada vez mais benefícios para valorizar o colaborador e aumentar a retenção de talentos”, afirmou o CEO.

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Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups