Putin: Suspensão de combate depende de cumprimento de demandas pela Ucrânia

O presidente da Rússia insiste na “desmilitarização” da Ucrânia e deixou claro que quer destituir o governo, uma postura que torna as negociações extremamente difíceis

Una persona mira el discurso de Putin en Rusia
Por Bloomberg News
06 de Março, 2022 | 10:49 AM

Bloomberg — O presidente russo, Vladimir Putin, conversou neste domingo com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e acusou a Ucrânia de tentar arrastar as negociações para se reagrupar militarmente, de acordo com uma leitura do Kremlin.

A suspensão dos combates dependeria de Kiev atender às demandas da Rússia, disse Putin a Erdogan, segundo o comunicado. O presidente da Rússia insiste na “desmilitarização” da Ucrânia e deixou claro que quer destituir o governo, uma postura que torna as negociações extremamente difíceis.

Autoridades da Ucrânia e da Rússia realizaram duas rodadas de negociações sem resultados tangíveis, e um esforço para estabelecer um corredor humanitário no sul do país durou pouco mais do que algumas horas.

Ambos os lados disseram que estão abertos a uma nova reunião na segunda-feira.

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Segundo autoridades ucranianas, a Rússia quebrou pela segunda vez um acordo de cessar-fogo para permitir a retirada de civis da região de Mariupol. A evacuação planejada de dezenas de milhares de pessoas da cidade portuária no sul da Ucrânia foi interrompida novamente, disse um assessor do ministro do Interior da Ucrânia.

Mais de 1,5 milhão de pessoas cruzaram a fronteira da Ucrânia para países vizinhos nos últimos 10 dias, disse neste domingo Filippo Grandi, alto comissário da ONU para os Refugiados. Ele considera a atual crise como a que “mais cresce na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”. Mais de 60% fugiram para a Polônia, onde as autoridades estimam que 922.400 pessoas tenham cruzado a fronteira até o início deste domingo, e para a Moldávia, para onde mais de 250 mil fugiram, segundo o presidente Maia Sandu. Os ucranianos também foram para Eslováquia, Hungria, Romênia e outros países da União Europeia, bem como para a própria Rússia.

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