Insurtech Agger é adquirida pela Arco Capital

Com injeção de capital, a companhia pretende alcançar a marca de 60 mil usuários até o ano de 2024

Da esquerda para direita: André Marques, Gabriel Ronacher e Leonardo Xavier
06 de Dezembro, 2021 | 10:07 AM

Bloomberg Línea — A Agger, empresa de gestão para corretoras de seguros, anunciou nesta segunda-feira (6), que foi adquirida pelo search fund Arco Capital. O negócio tem como objetivo a consolidação da empresa como principal parceira de corretores no país, através de sua expansão no Brasil e exterior.

A partir da injeção de capital, a companhia pretende alcançar a marca de 60 mil usuários até o ano de 2024. Atualmente, a empresa conta com cerca de 40 mil usuários, espalhados entre 6.500 corretoras. Para ganhar mais musculatura no mercado, a empresa quer focar ainda mais seus investimentos em produtos, tecnologia e atendimento.

“O objetivo é dar ainda mais robustez para nossa operação, tendo nossos corretores parceiros sempre no centro de nossas ações”, diz o diretor de operações da Agger, André Marques.

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Só nos últimos três anos, a Agger conseguiu dobrar seu faturamento e tamanho de equipe. Hoje, a empresa é responsável por realizar mais de 18 milhões de cálculos mensais de seguros dos mais variados tipos em todo o país.

A compradora, Arco Capital, tem entre seus investidores nomes de destaque como Raphael Klein (Kviv Ventures), Guilherme Bonifácio (co-fundador do iFood) e Diego Libanio (co-fundador do Zé Delivery), além de fundos e investidores internacionais com experiência no mercado de tecnologia e de seguros nos Estados Unidos.

A equipe de gestão da Agger permanecerá na empresa. Gabriel Ronacher, managing partner da Arco Capital, assumirá como CEO da Agger, enquanto André Marques passará a ocupar o cargo de diretor de operações e, Leonardo Xavier, será o novo diretor de tecnologia. “O que queremos agora é levar mais ferramentas para mais pessoas”, comenta Marques.

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Além disso, com a entrada do fundo de investimento, a Agger irá aumentar seu quadro de funcionários. “O segmento de seguros é extremamente analógico, o que leva 25% dos corretores a não usarem nenhuma ferramenta de gestão”, aponta Marques.

O diretor acrescenta que, a tecnologia, além de facilitar a vida dos corretores, também pode ajudar as seguradoras a terem um portfólio mais ágil e eficaz. Com essas novas implementações, “pretendemos novamente dobrar o tamanho da nossa operação em até três anos”, afirma Marques.

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Igor Sodré

Jornalista com formação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com experiência na cobertura de cultura e economia, tendo como foco mercado financeiro e companhias. Passou pela Bloomberg News e TradersClub.