Facebook faz nova aposta e vira Meta

Também no Breakfast de hoje: depois de máximos históricos nos EUA, investidores são tentados a embolsar ganhos; brasileiro bebe mais cerveja e lucro da Ambev cresce acima do esperado e Matt Damon promove plataforma de cripto para atrair novos usuários

Tempo de leitura: 2 minutos

Bom dia! Hoje é 29 de outubro de 2021 e este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias do dia

O grupo Facebook está se rebatizando de Meta, numa tentativa de desvencilhar sua identidade corporativa da rede social homônima atolada em conteúdo tóxico. A mudança está calcada na migração para uma plataforma de computação emergente focada na realidade virtual.

 Ações passarão a ser negociadas sob um novo código, MVRS, em 1º de dezembrodfd
  • “O metaverso é a próxima fronteira”, disse o CEO Mark Zuckerberg em uma apresentação na conferência Connect do Facebook, realizada virtualmente nesta quinta-feira (28). “De agora em diante, vamos primeiro ser o metaverso, não primeiro o Facebook.”
  • A mudança de nome no Facebook é o sinal mais definitivo até agora da intenção da empresa de apostar seu futuro em uma nova plataforma de computação - o metaverso, uma ideia nascida na imaginação de romancistas de ficção científica. Na visão do Facebook, as pessoas se reunirão e se comunicarão entrando em ambientes virtuais, seja conversando com colegas em uma sala de reuniões ou saindo com amigos em cantos remotos do mundo.
  • A empresa disse que suas ações passarão a ser negociadas sob um novo código, MVRS, em 1º de dezembro.

Na trilha dos Mercados

Depois de as bolsas dos Estados Unidos alcançarem máximos históricos, os investidores podem ficar tentados a uma realização de lucros, sobretudo diante da proximidade do fim de semana.

De fato, nas primeiras operações da manhã os futuros de índices em Nova York exibiam queda, influenciados, também, pelos resultados decepcionantes da Amazon e Apple após o fechamento dos mercados. Na Europa, as bolsas também trabalhavam no negativo, antecipando dados macroeconômicos que serão divulgados hoje.

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Quanto à Ásia, a crise da dívida da China Evergrande continua no ponto de mira. Segundo a Bloomberg, alguns titulares de bônus receberam o pagamento de juros - embora com atraso -, o que permitiu à endividada incorporadora ganhar um pouco mais de tempo.

Um retrato dos principais mercados esta manhãdfd

Sob os holofotes

Nestes primeiros negócios do dia, duas variáveis são importantes, pois vieram à luz depois do fechamento dos mercados:

  • O resultado decepcionante da Amazon, que mostrou uma previsão para as vendas de fim de ano aquém das estimativas dos analistas. A receita e o lucro da empresa também ficaram abaixo das projeções para o terceiro trimestre. A companhia disse que os custos para negociar os problemas na cadeia de abastecimento e a adição de mais funcionários para entregar mercadorias na temporada de férias reduziriam ainda mais os lucros.
  • Prejudicada pelas restrições na cadeia de abastecimento, a receita trimestral da Apple também desapontou. A receita fiscal do quarto trimestre foi de US$ 83,4 bilhões, abaixo das estimativas de US$ 84,7 bilhões. Isso representa um crescimento de 29% em relação ao período do ano anterior, mas aquele trimestre não incluiu um novo iPhone.

Inflação, a mosca na sopa

  • A inflação está sob análise nesta sexta-feira, depois das mensagens transmitidas por vários bancos centrais esta semana. Hoje sai o IPC preliminar de outubro da zona do euro e os investidores ainda pesam o anúncio de que na Espanha os preços ao consumidor subiram em outubro muito mais do que o esperado: +5,5% na comparação anual, versus estimativas de +4,5%. Frente a setembro, a alta foi de 2%, contra previsões de 1,2%. O IPC alemão também superou as projeções (+4,5% anuais frente a +4,4%).

Falando em inflação, ontem o Banco Central Europeu (BCE) deu ao mercado alguns pareceres sobre suas manobras de política monetária. As mensagens que ecoaram foram:

  • O programa de estímulo econômico via recompra de títulos terminaria em março
  • O BCE reconheceu que a inflação será mais alta durante um tempo, mas eliminou de sua declaração que a alta dos preços será “em grande medida temporária”.

No radar

Esta é a agenda de hoje:

  • No Brasil: Dívida Líquida/PIB de setembro, Balanço e Superávit Orçamentário (9h30); BRL – Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC (16h30 hora de Brasília). Balanços: Usiminas e Irani
  • Nos Estados Unidos: Destaque para os dados de consumo e índice de preços PCE (9h30)

Balanços: ExxonMobil, Chevron, AbbVie, Charter Communications, Daimler, BNP Paribas, Aon e NatWest Group.

Outros destaques no exterior:

  • Reunião conjunta de ministros de finanças e saúde do G-20 antes da cúpula dos líderes no fim de semana
  • Produção industrial preliminar de setembro e PIB preliminar do terceiro trimestre na zona do euro, Alemanha, França e Itália
  • IPC preliminar de outubro da zona do euro
  • Taxa de desemprego no Japão

Importante saber

  • Após divulgar um crescimento de 57,4% em seu lucro no terceiro trimestre, que totalizou R$ 3,7 bilhões, e um aumento (7,5%) acima do esperado no consumo de cerveja no Brasil, a fabricante de bebidas Ambev cravou, nesta quinta-feira (28), sua maior cotação em 30 dias.
  • O rompimento da barragem em Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro de 2019, considerado o maior acidente de trabalho no Brasil em perda de vidas humanas, pode resultar em um processo contra a Vale nos EUA, após uma iniciativa anunciada hoje pela SEC (Security Exchange Comission), órgão regulador da bolsa americana. A companhia pode ser obrigada a pagar multa. Suas ações estão em queda na B3 hoje.
  • O crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou mais que o esperado no terceiro trimestre e atingiu o ritmo mais suave do período de recuperação da pandemia. O produto interno bruto expandiu a uma taxa anualizada de 2% após crescimento de 6,7% no segundo trimestre, segundo estimativa preliminar do Departamento de Comércio na quinta-feira (28).

Destaques da Bloomberg Línea

Opinião Bloomberg

Os formandos da Geração Z podem não estar procurando conselhos de alguém de 30 e poucos anos. Mas para quem já passou por altos e baixos do mercado de trabalho, mudou de emprego várias vezes e, por fim, começou a construir por conta própria uma carreira de sucesso, algumas respostas vêm mais fácil.

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Pra não ficar de fora

Ator vai encabeçar campanha da plataforma de criptomoedas, que está investindo US$100 mi em marketing dfd

O ator Matt Damon será o rosto da Crypto.com, a plataforma de criptomoedas que busca atrair novos usuários para seus serviços e trazer o setor para o mainstream.

A medida marca o primeiro impulso de marketing global da Crypto.com, que aumentou sua base de usuários cerca de dez vezes desde o ano passado em meio ao interesse cada vez maior em criptomoedas como o Bitcoin. A empresa vai gastar mais de US$ 100 milhões na campanha, pois os anúncios estrelados por Damon e dirigidos pelo diretor de fotografia Wally Pfister serão transmitidos em mais de 20 países.

“Eu nunca fiz uma campanha como esta”, disse Damon em entrevista. “Esperamos que este seja o início de uma grande colaboração de longo prazo”.