CloudWalk, dona da InfinitePay, faz sua maior captação com R$ 3,14 bi em FIDC

Emissão da startup liderada por Luis Silva foi coordenada pelo Itaú BBA, com participação de Banco do Brasil BI, J. Safra, Bradesco BBI e BTG Pactual e vai ajudar a bancar expansão

Luis Silva, CEO da CloudWalk: A tecnologia vai estar muito próxima de chegar num ponto em que os humanos não precisam mais ficar gastando tanto tempo com tarefas de lógica ou razão
17 de Junho, 2025 | 09:00 AM

Bloomberg Línea — A CloudWalk, dona das marcas InfinitePay e Jim.com, concluiu a captação de um novo FIDC no valor de R$ 3,14 bilhões. O fundo é maior da história da startup, criada em 2013, e recebeu o nome CloudWalk Pi, em alusão à matemática.

O veículo de financiamento será usado para reforçar a oferta de antecipação de recebíveis de cartão de crédito para a base de clientes da fintech, que soma atualmente mais 4 milhões.

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A CloudWalk atende principalmente micro e pequenos empreendedores e atua nos mais de 5.000 municípios do país.

A emissão foi coordenada pelo Itaú BBA, com participação de Banco do Brasil BI, J. Safra, Bradesco BBI e BTG Pactual.

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A nova emissão amplia o prazo de vencimento para cinco anos, um avanço em relação às captações anteriores. Faz parte da estratégia da companhia buscar um perfil de funding mais estável e de longo prazo.

Desde 2021, a CloudWalk já levantou mais de R$ 10,5 bilhões via FIDCs – R$ 9,5 bilhões seguem ativos, após a execução de um dos títulos.

A captação acompanha um ciclo de expansão acelerada da fintech. Em 2024, a receita foi de R$ 2,7 bilhões, alta de 67% na comparação anual. E o lucro líquido de R$ 339 milhões, três vezes superior ao registrado em 2023.

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O crescimento tem sido impulsionado por novos produtos como o Tap to Pay, que transforma smartphones em terminais de pagamento, além de soluções de crédito e de pagamentos instantâneos.

Metade da receita atual vem de produtos lançados pela startup nos últimos dois anos com o uso de IA generativa. A tecnologia é empregada em produtos de oferta de crédito, pagamento instantâneo e na negociação de taxas precificadas, chamada de “taxas inteligentes”.

A expectativa na startup fundada por Luis Silva é que em três anos os produtos baseados em IA respondam por cerca de 90% de todo o negócio.

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