Carlyle e Trustar planejam saída de US$ 4 bilhões de McDonald’s na China

Bloomberg — O Carlyle Group Inc. e o Trustar Capital estão buscando uma saída parcial das operações do McDonald’s Corp. em Hong Kong e na China continental, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, em um acordo que levantaria US$ 4 bilhões.

O GIC Pte e o Mubadala Investment Co, o fundo soberano de Abu Dhabi, foram abordados sobre o acordo que avalia todo o negócio em até US$ 10 bilhões, incluindo dívidas, disseram as pessoas. Os acionistas concordaram com o plano, e os gestores de ativos pretendem finalizar um acordo com os investidores no quarto trimestre, disseram eles, pedindo para não serem identificados ao discutir assuntos privados.

As empresas de private equity estão criando um novo veículo para proporcionar uma saída parcial para os investidores existentes e, ao mesmo tempo, atrair capital novo para fomentar a expansão do restaurante.

A rolagem de ativos em um novo fundo tornou-se uma forma cada vez mais popular para as empresas de aquisições gerarem liquidez para seus investidores depois que a volatilidade dos mercados públicos e o aumento das taxas de juros dificultaram as saídas nos últimos 18 meses.

Representantes do Carlyle, Trustar, Mubadala e GIC declinaram de fazer comentários.

A rede de fast-food tem como objetivo aumentar suas lojas para 10.000, alavancando o capital e outros recursos dos acionistas à medida que capitaliza o crescimento sustentável na China, disse um porta-voz em resposta à consulta da Bloomberg.

Após um ano recorde em 2021, o valor das saídas na região Ásia-Pacífico caiu 33% para US$ 132 bilhões no ano passado, 1% abaixo da média anterior de cinco anos, de acordo com a Bain & Co, que citou a queda dos preços das ações e das listagens. Os fundos de continuação permitem que os gerentes retenham ativos com bom desempenho quando os fundos estão chegando ao fim de seus prazos, permitindo saídas posteriores quando as condições do mercado melhorarem.

O McDonald’s vendeu cerca de 80% de suas operações na China e em Hong Kong por cerca de US$ 1,7 bilhão em 2017, avaliando o negócio em até US$ 2,08 bilhões. O número de pontos de venda do McDonald’s na China mais do que dobrou desde então, chegando a 5.400, juntamente com 250 em Hong Kong. A gigante americana de fast-food planeja abrir mais 900 lojas este ano na China.

A redução das restrições a refeições na China pode ajudar a elevar as vendas internacionais do McDonald’s nas mesmas lojas, escreveu Michael Halen, analista da Bloomberg Intelligence, em uma nota na terça-feira, prevendo os lucros da matriz norte-americana previstos para 27 de julho. Os serviços de entrega continuaram a crescer na China, mesmo em meio a bloqueios constantes, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

-- Com a colaboração de Vinicy Chan, Paula Sambo, Daniela Wei e David Ramli

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