Fed segue passos do Banco Central brasileiro e lançará o seu Pix, diz jornal

Banco central dos Estados Unidos planeja lançar o ‘FedNow’ em 2023, um modelo de pagamentos instantâneos similar ao Pix brasileiro

Pagamentos instantâneos pelo celular se tornam mais comuns em diferentes mercados
30 de Agosto, 2022 | 02:30 PM

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Bloomberg Línea — O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, deve lançar um sistema de pagamentos instantâneos em todo o território americano em 2023, segundo o Wall Street Journal, em um modelo que busca modernizar a infraestutura de pagamentos em tempo real.

Hoje nos Estados Unidos já existem iniciativas privadas de transferências instantâneas como o Venmo e o PayPal, mas, a exemplo do Pix, desenvolvido e operado pelo Banco Central do Brasil, o FedNow - nome da futura solução - deve permitir o pagamento de contas e transações 24 horas por dia, sete dias por semana. Segundo o Wall Street Journal, o FedNow terá menores custos e maior eficiência do que versões privadas, além de reduzir a vulnerabilidade do sistema financeiro.

O sistema foi aprovado pelo Fed em 2019. O Banco Central do Brasil lançou o Pix em novembro de 2020 e teve uma adoção rápida pelos brasileiros. Até 31 de julho de 2022, o Brasil tinha mais de 478 milhões de chaves cadastradas. As chaves são identificadores de cada usuário, e cada um pode ter até três chaves.

Em menos de dois anos, o Pix se tornou o principal meio de pagamento e transferência da população brasileira, superando cartões de débito e crédito e ferramentas como TED e DOC, que caíram em desuso pela população. Duas de suas principais vantagens são a ausência de taxas em transações entre pessoas e o funcionamento 24/7 (24 horas por dia, sete dias por semana).

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Com o sucesso do modelo de digitalização das finanças brasileiro, bancos centrais de outros países têm se inspirado no Pix.

Em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no início do mês em São Paulo, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, disse que iria se encontrar com o presidente do banco central da Colômbia, Leonardo Villar, para que o país andino possa entender o funcionamento e “copiar” o modelo de pagamentos instantâneo brasileiro.

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Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups