Cancelamentos de venda de imóveis disparam em julho nos EUA

Alta dos juros para hipotecas coloca mercado imobiliário americano em estado de cautela, com cancelamento de 16% das negociações

Seis cidades da Flórida estão entre as principais áreas com maior percentual de cancelamentos de residências em julho
Por Natalie Wong
16 de Agosto, 2022 | 10:52 AM

Bloomberg — Os acordos fracassados para compra de imóveis nos EUA saltaram em julho em meio ao aumento das taxas de juros para hipotecas.

Cerca de 63.000 contratos de compra de casas foram cancelados no mês passado, o equivalente a cerca de 16% do volume total, de acordo com uma análise da Redfin Corp. O número veio acima dos 15% dos acordos desfeitos em junho. Um ano antes, quando o mercado imobiliário estava aquecido, a taxa era de cerca de 12,5%.

O frenesi habitacional da pandemia esfriou com os esforços do Federal Reserve para controlar a inflação via aumento das taxas de juros. Os custos das hipotecas também subiram, deixando de lado muitos compradores em potencial que não podem mais adquirir propriedades após a elevação nos custos dos empréstimos.

Seis cidades da Flórida estão entre as principais áreas com maior percentual de cancelamentos de residências em julho. A popularidade do estado explodiu durante a pandemia, quando muitas pessoas de grandes cidades compraram casas na região em busca de um clima mais ensolarado, vantagens fiscais e espaço ao ar livre. O estado teve um dos maiores aumentos nos preços de imóveis no país.

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Jacksonville, na Flórida, registrou a maior taxa de cancelamentos de residências nas 93 áreas metropolitanas dos EUA analisadas pela Redfin. Cerca de 800 acordos de compra foram cancelados, totalizando 29% das construções negociadas em Jacksonville naquele mês. A região foi seguida por Las Vegas e Lakeland, também na Flórida, com 27% e 26%, respectivamente.

Newark, em Nova Jersey, teve a menor taxa de cancelamentos de compras. Apenas 2,7% das propriedades negociadas no mês tiveram seus contratos cancelados. A cidade de Nova York também teve uma classificação baixa, com cerca de 7,1%.

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