Ibovespa avança mais de 1%, enquanto exterior opera misto

Lá fora, o tom negativo tomava conta do sentimento das Bolsas, com indicadores dos EUA e da China trazendo preocupações

Dados dos EUA alimentaram preocupações de desaceleração da atividade econômica que pode complicar o caminho de política do Federal Reserve
16 de Maio, 2022 | 01:38 PM
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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) descola do tom misto do exterior e opera com ganhos nesta tarde, em uma semana marcada pela divulgação dos últimos balanços corporativos referentes ao primeiro trimestre.

Lá fora, o tom se divide entre o mau humor com os mais recentes sinais de mal-estar econômico dos Estados Unidos e da China e uma tentativa de recuperação das ações que sofreram um forte sell-off nas últimas sessões. Ainda assim, o força negativa era mais forte no início da tarde.

Tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq 100, de alta tecnologia, recuavam. Os dados desta segunda-feira mostraram que a atividade manufatureira do estado de Nova York se contraiu inesperadamente em maio pela segunda vez em três meses, alimentando preocupações de desaceleração da atividade econômica que pode complicar o caminho de política do Federal Reserve.

Somando-se a essas preocupações de crescimento, a cidade de Nova York deve atingir um alto nível de transmissão de covid nos próximos dias, o que levaria a reconsiderar os requisitos de máscara em locais públicos. Cerca de 8% das pessoas testadas para covid-19 nos últimos sete dias tiveram resultados positivo. Enquanto isso, a produção industrial e os gastos do consumidor da China atingiram os piores níveis desde o início da pandemia, prejudicados pelos bloqueios da covid.

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Confira o desempenho dos mercados na manhã desta segunda-feira (16):

  • Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa avançava 1,48%, aos 108.505 pontos;
  • O dólar à vista subia 0,48%, a R$ 5,08;
  • Nos EUA, o Dow Jones subia 0,05%, enquanto o S&P 500 caía 0,25% e o Nasdaq, 0,89%

Contexto

O risco de uma desaceleração econômica em meio a pressões de preços e custos crescentes de empréstimos continua sendo a principal preocupação dos mercados. O presidente sênior do Goldman Sachs Group (GS), Lloyd Blankfein, pediu às empresas e consumidores que se preparem para uma recessão nos EUA, dizendo que é um “risco muito, muito alto”.

Nas notícias corporativas, as ações do Twitter (TWTR) caíam nesta segunda-feira, apagando todos os ganhos que a ação obteve desde que Elon Musk divulgou sua participação na plataforma de mídia social. O McDonald’s disse que sairá da Rússia após mais de 30 anos de operação no país e tem uma perda potencial de US$ 1,2 bilhão a US$ 1,4 bilhão.

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Depois do fechamento dos mercados, os investidores acompanham a divulgação dos resultados do Nubank (NU).

-- Com informações da Bloomberg News

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Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.