Musk precisa de mega dívida ou venda de ações para levar Twitter

Compra não é simples, mas Musk tem várias opções de financiamento. Uma delas é vender suas ações da Tesla diretamente

Musk atualmente tem cerca de US$ 3 bilhões em dinheiro ou em ativos relativamente líquidos
Por Devon Pendleton e Tom Maloney
14 de Abril, 2022 | 02:35 PM
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Bloomberg — Mesmo para a pessoa mais rica do mundo, US$ 43 bilhões é um preço alto.

A oferta de Elon Musk de comprar o Twitter (TWTR) em dinheiro representa cerca de um sexto de sua fortuna de US$ 259,3 bilhões. Mas a maior parte dessa riqueza está presa à sua participação na Tesla (TSLA), a montadora de carros elétricos que ele cofundou e que subiu de valor nos últimos dois anos e o elevou ao topo do Bloomberg Billionaires Index.

A compra não é simples, mas Musk tem várias opções de financiamento. Uma delas é vender suas ações da Tesla diretamente. Outra é tomar emprestado usando as ações como lastro em uma aquisição alavancada, possivelmente com parceiros externos.

Musk atualmente tem cerca de US$ 3 bilhões em dinheiro ou em ativos relativamente líquidos, depois de gastar US$ 2,6 bilhões comprando uma participação de 9,1% no Twitter nos últimos meses, segundo cálculos da Bloomberg.

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Se ele comprar a plataforma, será a segunda maior holding, atrás da Tesladfd

Para Musk levantar os US$ 36 bilhões adicionais em dinheiro necessários para comprar o resto do Twitter, seria necessário vender cerca de 36,5 milhões de ações da Tesla, ou mais de um quinto de sua participação. Essa saída poderia arriscar uma queda no preço das ações da empresa - sem mencionar que poderia levantar questões sobre o comprometimento de seu CEO.

Sua outra opção é tomar emprestado contra suas posições na Tesla e na empresa de exploração espacial SpaceX.

“Isso se torna uma oferta hostil de aquisição que vai custar muito dinheiro”, disse Neil Campling, chefe de pesquisa na Mirabaud Equity Research.

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Mas mesmo para a pessoa mais rica do mundo, há limites: o índice da Bloomberg estima que ele já tomou emprestado cerca de US$ 20 bilhões contra suas ações, deixando cerca de US$ 35 bilhões teoricamente ainda disponíveis para lastrear empréstimos.

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