Ibovespa vira e fecha em queda, em sessão volátil e de baixa em NY

After Hours: Anúncio de Joe Biden sobre petróleo e impasse na Ucrânia pesaram sobre os mercados nesta quinta-feira, último pregão de março

After hours
31 de Março, 2022 | 05:53 PM

Bloomberg Línea — Boa noite! Este é o After Hours - o seu resumo diário do que aconteceu no mercado. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

Os mercados globais tiveram mais uma sessão de aversão ao risco nesta quinta-feira (31), com as bolsas dos Estados Unidos ampliando as perdas na última hora de pregão. No Brasil, o dólar e os juros recuaram, enquanto o Ibovespa (IBOV) fechou em baixa de 0,22%.

Em um ambiente de forte volatilidade, o índice apresentou ganhos de 6% em março, enquanto no acumulado do trimestre a alta foi de 14,5%.

Repercutiram nesta quinta o impasse na Ucrânia e a queda do petróleo, que recuou até 7% após os Estados Unidos afirmarem que vão liberar cerca de um milhão de barris de petróleo por dia de suas reservas por seis meses, revertendo uma recuperação anterior dos preços antes de uma reunião de oferta da Opep+.

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O gás natural europeu também cedia, após a Rússia afirmar que interromperia os contratos de gás se os compradores não pagarem em rublos.

Também pesaram sobre os mercados as ameaças de bancos centrais hawkish (favoráveis a juros altos) empenhados em conter a inflação descontrolada.

Confira como fecharam os mercados nesta quinta-feira (31):

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Na Bolsa brasileira, os maiores ganhos foram liderados pelos papéis de Sabesp (SBSP3), que subiram 5,46%, a R$ 47,71. Cielo (CIEL3) e Eletrobras (ELET3;ELET6) também subiram, com alta de 4,36%, 2,79% (ON) e 2,29% (PN), respectivamente.

Já entre as perdas estiveram ações ligadas às commodities, como Petrorio (PRIO3), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5), que recuaram 5,06%, 2,44% e 2,65%, respectivamente, na B3.

No cenário internacional, as bolsas ampliaram as perdas em Wall Street ao fim do pregão, chegando a cair pouco mais de 1,5%. O Dow Jones, por exemplo, encerrou seu pior trimestre em dois anos. O rendimento do Tesouro de dois anos, por sua vez, ficou estável após um aumento de 150 pontos-base, o maior desde 1984.

Por fim, na Europa, as maiores baixas foram vistas no índice Dax, da Alemanha, que caiu 1,31%, e no CAC-40, de Paris, que cedeu 1,21%.

(Com informações da Bloomberg News)

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.