Rússia ataca maior usina nuclear da Europa

A usina pegou fogo depois que as tropas russas começaram a bombardear o local na sexta-feira, levantando preocupações sobre a segurança da instalação

Maior usina da Europa pega fogo após ataques (Reprodução)
Por Bloomberg News
03 de Março, 2022 | 10:34 PM

Bloomberg — A usina nuclear de Zaporizhzhia, considerada a maior da Europa, foi atacada pelas forças russas, de acordo com a Associated Press. A usina pegou fogo depois que as tropas russas começaram a bombardear o local na sexta-feira, levantando preocupações sobre a segurança da instalação.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu aos militares da Rússia que parassem imediatamente de atirar na usina e que permitissem que uma zona de segurança fosse estabelecida, segundo uma mensagem postada no Twitter.

“Exigimos que eles parem o fogo de armas pesadas”, disse Andriy Tuz, porta-voz da fábrica em Enerhodar, em um vídeo postado no Telegram. “Há uma ameaça real de perigo nuclear na maior estação de energia atômica da Europa.”

O presidente Joe Biden telefonou para o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, segundo a Casa Branca.

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A usina de Zaporizhzhia, na cidade ucraniana de Enerhodar, abriga seis reatores de 950 megawatts projetados pelos soviéticos, construídos entre 1984 e 1995, com capacidade de 5,7 gigawatts, o suficiente para abastecer mais de 4 milhões de residências. A usina responde por cerca de 20% da eletricidade do país, de acordo com seu site.

A unidade 1 do local foi atingida e a planta está sofrendo um incêndio como resultado de bombardeios das forças russas, disse um oficial não identificado em vídeos postados na página do Facebook da instalação. Os bombeiros não podem chegar à usina, disse esse post.

As chamadas telefônicas para a usina não foram conectadas e a usina não respondeu imediatamente a um e-mail solicitando comentários sobre a situação.

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O ataque levou a fortes perdas nos mercados asiáticos, que iniciavam os negócios na sexta-feira. O índice Nikkei, de Tóquio, chegou a desabar 3%.

Mais cedo, a Agência Internacional de Energia Atômica confirmou que os militares russos estavam lutando do lado de fora dos portões da maior usina nuclear da Europa e da Ucrânia.

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