Porsches e Lamborghinis de navio que pegou fogo podem custar US$ 155 mi à Volkswagen

Após incêndio no navio Felicity Ace em 16 de fevereiro, montadoras avaliam prejuízos

Navio de carga com cerca de 4 mil veículos da Volkswagen pegou fogo na semana passada
Por Craig Trudell
22 de Fevereiro, 2022 | 10:04 AM

Bloomberg — O navio de carga com cerca de 4 mil veículos da Volkswagen (VOW3) que pegou fogo na semana passada pode custar à montadora no mínimo US$ 155 milhões, segundo estimativa de uma empresa de modelagem de risco.

Do valor total de cerca de US$ 438 milhões em mercadorias a bordo do Felicity Ace, que pegou fogo na costa das ilhas dos Açores, em Portugal, o Russell Group disse na segunda-feira (21) que estima que o prejuízo seja de US$ 401 milhões. O grupo VW tinha a bordo veículos Volkswagen, Porsche, Audi, Bentley e Lamborghini.

Um porta-voz da VW não quis comentar. Dois grandes rebocadores com equipamentos de combate a incêndios deveriam chegar na segunda-feira de manhã (horário local) para pulverizar água, além da equipe de resgate inicial que já estava a bordo para resfriar o navio, segundo uma unidade da Mitsui OSK Lines. Nenhum vazamento de óleo foi confirmado, e a embarcação permanece estável, disse a transportadora em um site criado para fornecer atualizações sobre o incidente.

O Russell Group está modelando o valor total dos veículos a bordo, então suas projeções de custo pressupõem a perda de todos os veículos, de acordo com um porta-voz. A empresa estima que outras montadoras, além da VW, podem ter perdido cerca de US$ 246 milhões em veículos.

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Uma porta-voz da BMW (BMW) disse que nenhum dos veículos da empresa estava a bordo, ao passo que um porta-voz da Mercedes-Benz (DMLRY) afirmou que a montadora não tem conhecimento de nenhum de seus veículos no navio.

O Felicity Ace é aproximadamente do tamanho de três campos de futebol. O navio havia partido do porto de Emden, na Alemanha, e estava a caminho de um porto em Davisville, Rhode Island, Estados Unidos, quando o incêndio começou em 16 de fevereiro.

--Com a colaboração de Monica Raymunt.

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--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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