Banco do Nordeste libera R$ 40 mi para varejista Le Biscuit

Com os fundos Vinci Partners e Siguler Guff como sócios, rede aprova contratação de operação financeira com o BNB

Rede varejista baiana Le Biscuit comercializa itens separados por categorias como armarinhos, artesanato, bebê, bomboniere, brinquedos, produtos do lar, decoração, eletroportáteis, festa, papelaria e telefonia, entre outros
24 de Janeiro, 2022 | 06:33 PM

São Paulo — A varejista Lojas Le Biscuit, que tem entre seus sócios os fundos de private equity Vinci Partners e Siguler Guff, aprovou a contratação de uma operação financeira junto ao Banco do Nordeste no valor de R$ 40 milhões.

O conselho de administração da companhia baiana deu aval à operação. Em ata da reunião, enviada nesta segunda-feira (24) à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Le Biscuit diz que a operação tem garantias de cessão fiduciária de direitos creditórios de recebíveis de cartões de créditos e aval da Alterf Importadora de Artigos de Armarinho.

“Trata-se de uma operação usual de captação de capital de giro”, comentou a assessoria de imprensa da varejista à Bloomberg Línea.

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Fundado em Feira de Santana, na Bahia, em 1968 por Aristóteles Santanna como um armarinho, o negócio familiar cresceu, e a segunda loja foi inaugurada em Salvador, capital da Bahia, em 1992, ainda no modelo de pequeno atacadista, voltada principalmente a comerciantes. De lá para cá, a Le Biscuit expandiu sua operação para 14 estados brasileiros nas regiões Sudeste, Norte, Centro-Oeste e Nordeste e se transformou em uma das principais redes varejistas do país, com 150 lojas e 2.400 colaboradores.

Em dezembro, a Le Biscuit fechou uma parceria com o Banco Bmg, que se tornou responsável pela oferta e administração do cartão de crédito exclusivo para clientes da varejista, além de oferecer soluções financeiras, como abertura de conta digital e possibilidade de parcelamento de compras. A maioria das lojas da rede varejista fica em shopping centers, e seu sortimento é comparado ao da Americanas (AMER3).

Em 2020, a Le Biscuit chegou a preparar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mas acabou engavetando o plano de levantar R$ 1,5 bilhão, em uma operação que teria o Bank of America, o Citi, o Itaú BBA, o Santander e a XP Investimentos como coordenadores da operação.

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(Atualiza às 9h40, do dia 25, com posicionamento da companhia)

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.