Aliansce e BR Malls podem criar gigante de shoppings

Também no Breakfast: Balanços voltam a ser catalisadores nos mercados; O que significa a joint venture da BRF com o fundo soberano saudita e Turismo só deve superar freio da ômicron na primavera

Tempo de leitura: 3 minutos
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Bom dia! Hoje é 14 de janeiro de 2022 e este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias do dia

A Aliansce Sonae (ALSO3) propôs uma fusão com a concorrente BR Malls (BRML3) para formar uma administradora gigante de shopping centers no país, informou a empresa nesta sexta (14). Juntas, as companhias podem somar um portfólio de 69 shoppings com receitas conjuntas de lojistas da ordem de R$ 38,5 bilhões. Se aprovada, a fusão possibilitaria a captura de sinergias financeiras de até R$ 49 milhões e de mais R$ 161 milhões na parte operacional por ano.

Segundo a Aliansce, as duas administradoras de shoppings têm uma alta “complementaridade” de portfólio geográfico e de segmento de atuação, com uma participação combinada de 14,2% do chamado ABL (área bruta locável) comercial.

🟢 A proposta ressalta que se trata de uma “fusão entre iguais”, em que tanto os acionistas da Aliansce quanto da BR Malls ficarão com a mesma participação no capital social da companhia combinada. A Aliansce oferece aos acionistas da BR Malls 265.013.405 novas ações ordinárias de sua emissão, representativas de 50% do capital social, mais uma parcela em dinheiro de R$ 1,350 bilhão.

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Aliansce propõe fusão com BR Malls  dfd

Na trilha dos Mercados

A temporada de balanços se inicia enquanto ainda ecoam no mercado as vozes do Federal Reserve (Fed). Hoje, Wells Fargo, Citigroup e JPMorgan apresentam seus resultados. A agenda macroeconômica tem dados relevantes, como vendas no varejo, produção industrial e utilização da capacidade instalada dos Estados Unidos.

E as investidas de política monetária continuam no ar. Na Ásia, o Banco da Coreia aumentou para 1,25% as taxas de juros na sexta-feira pela terceira vez desde o verão no país. Além disso, hoje o presidente do Fed de Nova York, John Williams, fala em um evento, se juntando a uma lista de expoentes do banco central norte-americano que esta semana teceram suas impressões sobre juros e inflação.

Ontem, a governadora do Federal Reserve, Lael Brainard, disse que o Fed pode aumentar as taxas de juros já em março para garantir que as pressões de preços de alta geração sejam controladas. Patrick Harker (Fed de Filadélfia) e Charles Evans (Chicago), engrossaram o coro dos que advogam por taxas de juros mais altas.

🟢 E por falar em Fed, novas mudanças à vista: O presidente Joe Biden escolheu Sarah Bloom Raskin para ser a principal reguladora bancária do Federal Reserve e Lisa Cook e Philip Jefferson para governadores, disseram ontem pessoas a par da decisão. Os nomes devem concluir as mudanças na liderança no banco central dos EUA.
Um panorama dos principais mercadosdfd
🟢 As bolsas ontem: Dow (-0,49%), S&P 500 (-1,42%), Nasdaq (-2,51%), Stoxx 600 (-0,03%), Ibovespa (-0,15%)

Em meio a indicações generalizadas de autoridades do Fed para aumentar os juros, empresas de tecnologia lideraram as perdas ontem. Além disso, também afetou a renda variável o aumento inesperado, pela segunda semana consecutiva, dos pedidos de seguro-desemprego nos EUA.

No radar

  • John Williams, presidente do Fed de Nova York, fala em evento
  • EUA: Vendas no varejo (dezembro), Estoques das empresas (novembro), Produção industrial (dezembro), Utilização da capacidade instalada (dezembro), Sentimento do consumidor da Universidade de Michigan
  • Balanços 4º trimestre 2021: Wells Fargo, Citigroup, JPMorgan
  • Decisão política do Banco da Coreia, briefing
  • Índices de Preços ao Consumidor da França e da Espanha (dezembro)
  • Balança comercial europeia (novembro)
  • Brasil: vendas no varejo (novembro)

Destaques da Bloomberg Línea

Também é importante

BRF e fundo soberano da Arábia Saudita anunciam criação de joint venture e investimento de US$ 350 milhõesdfd
  • A BRF (BRFS3) e o fundo soberano da Arábia Saudita vão criar uma nova empresa de processamento de proteínas no Oriente Médio. O grupo nacional e o fundo saudita assinaram um acordo para montar uma joint venture onde a BRF terá 70% do capital e o fundo os 30% restantes. O negócio prevê investimentos de US$ 350 milhões que serão aplicados ao longo de toda a cadeia de produção e não apenas na construção de unidades industriais.
  • Chuvas devem diminuir no Brasil, o que pode retomar mineração: A possibilidade de menos chuvas no sudeste do Brasil abre as portas para a retomada da mineração de minério de ferro, o que beneficiaria as siderúrgicas chinesas.
  • Claranet Technology engrossa lista de desistências de IPO na B3: Pelo menos seis companhias já formalizam o cancelamento de ofertas iniciais de ações desde o início de 2022, citando preocupações com as condições do mercado no Brasil e no mundo.
  • Consumo dos brasileiros será menor que o esperado em 2021: A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) antecipou que o crescimento do consumo do ano passado, anteriorimente estimado em 4,5%, deverá situar-se em 3%. O dado consolidado sai em fevereiro.

Opinião Bloomberg

Por que 2022 é o ano para comprar seu primeiro carro elétrico de luxo?

Os fabricantes de automóveis passaram o ano passado anunciando planos de novos modelos de veículos elétricos e instalações de produção. Isso faz de 2022 um ano em que um número crescente de consumidores avaliará se é hora de comprar seu primeiro veículo elétrico. Vale a pena entrar na onda? Isso provavelmente vai depender do preço e do segmento de mercado que você está considerando.

Pra não ficar de fora

Setor imobiliário de alto padrão foi impulsionado por baixas taxas de juros e alto interesse em espaços residenciaisdfd

Mesmo os ultra-ricos estão descobrindo que não estão imunes à escassez de moradias no Canadá, e em nenhum lugar isso é mais verdadeiro do que no mercado mais caro do país, Vancouver.

Os imóveis de luxo na cidade quebraram recordes locais no ano passado, com as vendas de mansões com preços acima de C$ 10 milhões (US$ 7,9 milhões) crescendo 240%, mais rápido do que em qualquer outro lugar no Canadá, de acordo com um relatório da Sotheby’s International. Toronto não ficou muito atrás com um crescimento de 238%.

Essas transações incluíram o preço mais alto já pago por uma casa em Vancouver. A Sotheby’s não disse quanto foi a propriedade, conhecida como Belmont Estate, mas a CTV News citou um preço de C$ 42 milhões.

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