Itália aprova orçamento de US$ 36 bi para cortar impostos e impulsionar crescimento

Primeiro plano de gastos liderado por Mario Draghi aloca cerca de 8 bilhões de euros para cortar impostos de renda de empresas e pessoas físicas

O projeto foi aprovado com o voto de confiança do parlamento em Roma na noite de quarta-feira (29) e enfrentará uma votação formal final nesta quinta (30).
Por Chiara Albanese
30 de Dezembro, 2021 | 08:33 AM

Bloomberg — O governo de Mario Draghi conseguiu o apoio dos legisladores italianos para um plano de orçamento de 32 bilhões de euros (US$ 36 bilhões) para o próximo ano, que visa apoiar o crescimento da Itália.

O projeto foi aprovado com o voto de confiança do parlamento em Roma na noite de quarta-feira (29) e enfrentará uma votação formal final nesta quinta (30).

O plano de gastos - o primeiro liderado pelo ex-presidente do Banco Central Europeu - aloca cerca de 8 bilhões de euros para cortar impostos de renda de empresas e pessoas físicas e orçamentos de quase 4 bilhões de euros para mitigar o impacto do aumento dos preços da energia.

Ele refinancia medidas sociais introduzidas por administrações anteriores, incluindo uma forma de renda do cidadão, um bônus para reformas de estufas e incentivos para famílias com crianças.

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Também promulga medidas que foram adiadas por governos anteriores, incluindo um corte no imposto sobre o valor agregado para absorventes e fundos para ajudar os jovens a alugar uma casa.

O orçamento expansionista é parte do plano de Draghi para apoiar a taxa de crescimento econômico cronicamente baixa da Itália, enquanto o país continua a lutar contra o impacto da pandemia.

O governo espera que a atividade econômica cresça mais de 6% neste ano, após uma queda de quase 9% em 2020.

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A disseminação da variante ômicron e um número recorde de casos de Covid-19 registrados no país já estão impactando a atividade econômica, com cancelamentos de férias no valor de cerca de 4 bilhões de euros, segundo a associação de consumidores Coldiretti.

Draghi disse no início deste mês que não esperava que a nova cepa de vírus afetasse a previsão de crescimento de 2021.

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