Como se vive com US$ 1.000 por mês nas principais cidades da América Latina

Não só o poder aquisitivo da moeda americana varia na região, como também a porcentagem da população com receita equivalente ou superior

Gasto en Latinoamérica.
23 de Outubro, 2021 | 08:16 AM

Bloomberg Línea — O poder de compra de US$ 1.000 varia amplamente na América Latina.

Os diferentes cenários econômicos dos países da região nos últimos anos têm gerado contrastes no que se pode ou não pagar com esse valor e, embora o recente fortalecimento da moeda norte-americana em nível global tenha impactado todas as nações, o efeito sobre os indivíduos têm matizes diferentes em cada país.

Portanto, receber US$ 1.000 por mês para viver implica uma realidade diferente em cada uma das principais cidades da América Latina. E não só pelo custo proporcional dos bens e serviços, mas também pelo percentual da população que recebe uma renda dessa magnitude. Enquanto no Chile 65,4% da população pertence à classe média, no México corresponde a 42% e na Venezuela a 15,5%.

O salário mínimo mensal na Venezuela é de US$ 3,54, enquanto o Chile tem o maior salário mínimo em dólares (US$ 414) da região. Na Colômbia é de US$ 240,2, no México é de US$ 212 e no Peru é de US$ 226. Na Argentina, o valor é de US$ 307 pela cotação oficial. Porém, usando o dólar “azul” como parâmetro, ou paralelo (que tem uma lacuna de 77% com o varejista), cai para US$ 173.

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Na maioria das cidades mencionadas abaixo, um salário de US$ 1.000 por mês corresponde à classe média, que em 2018 passou a ser o grupo predominante na região.

A pandemia da Covid-19 fez com que em 2020 a classe média caisse para 37% da população, ou seja, 4,7 milhões de pessoas que pertenciam à classe média passaram a fazer parte da população em situação de vulnerabilidade ou pobreza na América Latina e no Caribe, segundo o estudo do Banco Mundial intitulado “A lenta ascensão e a queda repentina da classe média na América Latina e no Caribe”.

A classe média, segundo a agência, é composta por quem tem renda per capita entre US$ 13 e US$ 70 por dia, por paridade de poder de compra.

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A equipe da Bloomberg Línea fez uma análise de quanto seria possível pagar com US$ 1.000 por mês nas principais cidades da América Latina e isso foi o que encontramos:

* Valores calculados mensalmente ou por unidade conforme o caso


VENEZUELA (Caracas)

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A despesa de US$ 1000 corresponderia à classe média, segundo o último estudo da consultoria Anova Policy Research, do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Para fins de referência: a classe média caiu para 15,5% em 2020.

CHILE (Santiago)

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Uma pessoa que ganha US$ 1000 corresponderia à classe média, segundo informações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e do centro de estudos Liberdade e Desenvolvimento. Ou, decil 8-9, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Família.

COLÔMBIA (Bogotá)

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Margem de economia: US$ 340

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A despesa de US$ 1.000 corresponderia à classe média da população, segundo dados do Departamento Administrativo Nacional de Estatística (Dane).

ARGENTINA (Buenos Aires)

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Margem de economia US$ 20

Ganhar US$ 1000 se encaixa na categoria de estrato superior da população (decis 9 a 10), de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos.

México (Cidade do México)

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Margem de economia: US$ 44

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Peru (Lima)

Quem recebe US$ 1000 corresponderia à classe média, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) e do Banco Mundial.Perú (Lima)

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Quem consegue ganhar US$ 1.000 pertence à classe média, segundo dados do Instituto Peruano de Economia e da Câmara de Comércio de Lima.

Brasil (São Paulo)

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Quem ganha US$ 1.000 por mês está na classe C, segundo os critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Metodologia: Dados coletados em Buenos Aires, São Paulo, Santiago, Bogotá, Cidade do México, Lima e Caracas pela equipe editorial da Bloomberg Line entre 29 de setembro e 15 de outubro. Os preços podem variar dependendo da disponibilidade de produtos, inflação e taxas de câmbio em cada mercado e cidade.

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(atualizado 29 de outubro com detalhes da metodologia)

- Com a acolaboração de Andreína Itriago, Andrés Garibello, Maolis Castro, Francisco Aldaya, Igor Sodré, Zenyazen Flores, Estephanie Suárez, Daniel Salazar Castellanos e Leidys Becerra

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Imelda Vera

Comunicóloga y periodista mexicana con perspectiva de género. Fue Coeditora Web y Editora de portada en El Financiero. Conductora del serial sobre género 'La Tía Violeta'. Antes, cruzó las puertas de La Jornada. Autora del artículo: Periodismo digital como paradigma del consumo noticioso en México (X Congreso Ulepicc, Quito).