Nova economia surge como motor de crescimento da Índia, diz HSBC

País tenta alcançar a China em termos de penetração do comércio eletrônico e pagamentos digitais

Índia vive boom na área de pagamentos digitais
Por Anirban Nag
08 de Setembro, 2021 | 11:38 PM

Bloomberg — O salto da adoção digital e maiores exportações de alta qualificação surgem como os novos motores de crescimento econômico e empregos na Índia, enquanto o país tenta alcançar a China em termos de penetração do comércio eletrônico, segundo economistas do HSBC.

Os dois novos motores econômicos têm a ganhar com a grande e jovem força de trabalho da Índia, bem como com as mudanças globais, disseram analistas do HSBC em relatório a clientes.

“As estrelas parecem ter se alinhado para as startups da Índia”, destacaram pesquisadores do HSBC liderados pela economista-chefe para a Índia, Pranjul Bhandari. “A liquidez global, o aumento do apetite por risco e mudanças geopolíticas aumentaram a oferta de fundos. A rápida ascensão de empresas indianas de tecnologia da nova era aumentou a demanda por financiamento.”

O HSBC estima que metade de todos os fluxos de investimento estrangeiro direto para a Índia são agora “digitais” frente a 20% há uma década. Além das empresas de tecnologia da “nova era”, exportações que exigem alta qualificação têm ganhado participação no mercado global graças à demanda por celulares, máquinas, produtos farmacêuticos e serviços de tecnologia da informação, disseram os economistas.

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O sucesso da Índia com startups por muito tempo ficou aquém dos EUA e da China, mas a pandemia ajudou a mudar o cenário. Muitos consumidores recorreram a serviços online, como aulas de matemática, diagnósticos médicos e entregas de produtos que, segundo economistas do HSBC, podem adicionar 0,25 ponto percentual ao PIB do país a cada ano.

Investidores globais como Fidelity Investments, KKR e Temasek Holdings, de Singapura, têm injetado recursos na Índia, enquanto a repressão da China a empresas privadas assusta financistas. O valor do investimento de risco na Índia somou US$ 7,9 bilhões em julho, superando a China pela primeira vez em uma base mensal desde 2013, segundo a consultoria Preqin.

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