São Paulo — O comércio exterior entre Brasil e Afeganistão, que sofre uma instabilidade geopolítica devido à ofensiva do grupo extremista Taliban na recuperação do controle de territórios, se concentra nos estados do Sul e envolve principalmente a exportação de cortes de frango e milho, segundo dados do Comex Stat, sistema oficial de estatísticas do setor no Brasil.
De janeiro a julho, o país registrou embarques para o país situado no centro da Ásia no valor de US$ 12,569 milhões, com o Porto de Paranaguá, no Paraná, exportando US$ 5,418 milhões, seguido pelo Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, com US$ 3,098 milhões, e Santa Catarina, com US$ 1,356 milhão.
Em julho, o Porto de Paranaguá embarcou US$ 1,068 milhão em cortes de aves para a terra do Talibã. Já o Porto de Rio Grande exportou US$ 604.578 para o Afeganistão, em março. Há outros produtos, como pimenta do gênero piper, originária do Espírito Santo, exportada pelo Porto de Santos (SP), no valor de US$ 111.599 em junho. Em abril, houve ainda um embarque de US$ 67.180 em cravo da índia, proveniente de São Paulo.
Já as importações brasileiras do Afeganistão somaram apenas US$ 266.514, de janeiro a julho. São Paulo é o estado que mais compra do país do centro da Ásia. São principalmente torneiras e válvulas (U$ 165.863), facas e lâminas para máquinas e equipamentos (US$ 42.261) e válvulas para transmissões óleo-hidráulicas ou pneumáticas (US$ 9.056).
Confira quem mais exportou para o Afeganistão em sete meses
- Paraná: US$ 5,418 milhões
- Rio Grande do Sul: US$ 3,098 milhões
- Santa Catarina: US$ 1.356.427
- Goiás: US$ 794.095
- Mato Grosso: US$ 698.142
- São Paulo: US$ 621.125
- Mato Grosso do Sul: US$ 198.573
- Distrito Federal: US$ 177.685
- Espírito Santo: US$ 111.599
- Minas Gerais: U$70.999
- Rio de Janeiro: US$ 14.045
- Pará: US$ 6.400