Grupo Carrefour estuda venda de ativos para destravar valor, segundo fontes

Segundo pessoas ouvidas pela Bloomberg News, o grupo varejista francês busca alternativas como potenciais parcerias, aquisições ou venda de participações

Carrefour
Por Michelle F Davis - Aaron Kirchfeld - Dinesh Nair - Ruth David
05 de Novembro, 2024 | 03:44 PM

Bloomberg — O grupo Carrefour está nos estágios iniciais de estudos de estratégias para aumentar seu valor, mais de três anos após o fracasso das negociações para a venda a um rival do setor, disseram pessoas com conhecimento do assunto ouvidas pela Bloomberg News.

O Carrefour discute vários cenários internamente e conversa com assessores sobre opções potenciais para negócios, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as informações são privadas.

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As possibilidades incluem a venda de ativos, crescimento por meio de parcerias e aquisições, ou uma reorganização operacional, de acordo com as pessoas.

O Carrefour, listado na Bolsa de Paris, também poderia considerar uma venda total ou a venda de uma participação na empresa caso surja um interessado, disseram as fontes.

Outra possibilidade seria permanecer independente enquanto busca medidas para impulsionar sua competitividade por meio de mudanças de estratégia e novos investimentos.

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As ações do Carrefour caíram cerca de 30% em relação ao seu pico recente em 2022, o que atribui à empresa um valor de mercado de cerca de € 10,1 bilhões (US$ 11 bilhões).

Uma venda pode atrair interesse de empresas de private equity e participantes do setor se o Carrefour seguir em frente, de acordo com as pessoas. As deliberações estão em um estágio inicial, e atualmente não há conversas formais com nenhum pretendente. O Carrefour pode, em última análise, decidir não prosseguir com nenhuma transação.

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Um representante do Carrefour não quis comentar.

Os maiores mercados do Carrefour incluem França, Brasil e Espanha. A unidade brasileira tem um valor de mercado de cerca de US$ 2,9 bilhões.

Alimentation Couche-Tard, proprietário do Circle K, no início de 2021 abandonou negociações sobre uma proposta de fusão de US$ 20 bilhões com o Carrefour após forte oposição do governo francês.

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O rival francês Auchan também estudou um possível negócio para o Carrefour várias vezes nos últimos anos, embora um acordo nunca tenha se concretizado.

Qualquer transação precisaria do apoio dos acionistas bilionários do Carrefour, incluindo a família Moulin, dona do grupo francês de lojas de departamento Galeries Lafayette. A holding criada pelo falecido empresário brasileiro Abilio Diniz, falecido em fevereiro, também possui uma participação significativa no Carrefour.

O CEO Alexandre Bompard, que assumiu o comando do Carrefour em 2017, é visto como um negociador e supervisionou anteriormente a aquisição da Darty quando era CEO da varejista Fnac.

O Carrefour enfrentou forte concorrência de varejistas de desconto na França, como Aldi e Lidl, em meio à crise do custo de vida.

Ultimamente, tem havido sinais de que a pressão inflacionária está diminuindo, com os consumidores na França, o seu maior mercado, gastando mais em alimentos orgânicos, disse Bompard no mês passado. A atualização da receita do terceiro trimestre do Carrefour mostrou que a recuperação foi mais lenta do que o esperado.

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