Ibovespa sobe 22% no ano, acima dos 134.000 pontos; Yduqs teve o maior ganho

Índice brasileiro ficou praticamente estável nesta quinta-feira, último pregão do ano; real também fechou o ano com valorização em relação à moeda americana, a R$ 4,85

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28 de Dezembro, 2023 | 07:02 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou 2023 com uma alta de 22,28%, aos 134.185 pontos. No pregão desta quinta-feira (29), o último do ano, o índice ficou praticamente estável, com queda de 0,01%.

O movimento refletiu o baixo apetite dos investidores nesta semana entre o Natal e o Ano Novo, em dia de divulgação de dados prévios da inflação de dezembro do Brasil que vieram acima do esperado pelo mercado. Os números foram divulgados pelo IBGE pela manhã.

No ano fechado de 2023, o real também se valorizou frente ao dólar: a moeda americana caiu 8,06% e fechou o ano a R$ 4,85.

As cinco ações do Ibovespa com melhor desempenho em 2023 foram:

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  • Yduqs (YDUQ3): +120,45%
  • Ultrapar (UGPA3): +110,23%
  • CSN Mineração (CMIN3): +91,91%
  • Cyrela (CYRE3): +84,24%
  • IRB Brasil (IRBR3): +71,71%

As cinco ações com pior desempenho no Ibovespa em 2023 foram:

  • Casas Bahia (BHIA3): -78,32%
  • Minerva (BEEF3): -42,36%
  • Petz (PETZ3): -36,90%
  • PetroRecôncavo (RECV3): -34,44%
  • Alpargatas (ALPA4): -32,89%.

As blue chips Vale e Petrobras tiveram desempenho opostos: a mineradora caiu -12,60% no ano, enquanto os papéis preferenciais da petroleira subiram 52,33%.

No pregão desta quinta-feira, especificamente, os destaques positivos foram MRV (MRV3), Hapvida (HAPV3) e Taesa (TAEE11). Já os negativos foram CVC, Locaweb e Magalu. Vale e Petrobras tiveram leve queda, impedindo alta maior no índice.

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O patamar recorde de 134.000 pontos alcançado pelo Ibovespa na reta final de 2023 foi impulsionado por alguns fatores: no cenário doméstico, principalmente pelo início do ciclo de queda dos juros, por resultados melhores que o esperado para a atividade econômica e por medidas fiscais que buscam reduzir o déficit das contas do governo no próximo ano.

A reforma tributária aprovada neste mês de dezembro também contribuiu para melhorar o sentimento de investidores. Diante desse quadro, economistas do mercado têm melhorado as projeções para a Selic ao fim do ciclo de corte de juros no Brasil.

No cenário externo, pesou a favor do desempenho da bolsa o processo de redução da inflação nas economias desenvolvidas, algo que deve permitir que os bancos centrais dos Estados Unidos e da Zona do Euro comecem a fazer o mesmo movimento de afrouxamento monetário em 2024, possivelmente no primeiro semestre, segundo expectativas de mercado.

Na bolsa brasileira, o ano foi marcado também pela exclusão das ações da Americanas do Ibovespa em meio à crise que resultou no processo de recuperação judicial da empresa, acusada por credores de fraude contábil para mascarar o tamanho do seu passivo.

Nesta sexta-feira (29), a bolsa brasileira estará fechada; as negociações serão retomadas apenas na próxima terça-feira, 2 de janeiro.

Veja abaixo o desempenho no ano dos principais indicadores do mercado financeiro:

  • Bitcoin (+134%)
  • BDRX (+26,33%)
  • Ibovespa (+22,28%)
  • Small Caps (+17,12%)
  • CDI (+12,94%)
  • Poupança (+8,21%)
  • Dólar (- 7,21%)

Estados Unidos

O último pregão nos Estados Unidos estendeu os ganhos o rali do mercado de ações, mas com altas moderadas no índice Dow Jones (+0,14%) e no S&P 500 (+0,04%), que ainda não alcançou sua máxima histórica. Já o Nasdaq caiu 0,03%.

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Dólar

Neste ano, o valor máximo registrado pelo dólar foi no dia 3 de janeiro, quando a cotação atingiu R$ 5,46. Já a mínima foi de R$ 4,73 no dia 31 de julho. No período, a cotação média foi de R$ 5,00.

O desempenho do dólar em relação ao real ficou acima da média das principais moedas dos países emergentes. A moeda com o melhor desempenho no ano foi o peso colombiano, com variação de 21,26%. Já a divisa com o pior desempenho foi o peso argentino.

-- Com informações da Bloomberg News.

-- Com automação da Bloomberg.

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Victor Sena

Editor assistente na Bloomberg Línea. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Especializado em cobertura de economia.