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Bloomberg — A atividade industrial da China voltou a registrar contração em outubro, enquanto a expansão do setor de serviços se enfraqueceu inesperadamente, um sinal de que a economia do país continua frágil e pode precisar de mais estímulo.
O índice oficial de gerentes de compra do setor industrial caiu para 49,5 este mês, de 50,2 em setembro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (31). O consenso entre economistas consultados pela Bloomberg era de que o número, conhecido como PMI na sigla em inglês, se mantivesse no mesmo patamar do mês anterior.
O indicador de atividade nos setores de construção e serviços caiu de 51,7 para 50,6, abaixo da previsão de 52. Um dado acima de 50 indica crescimento, e abaixo indica contração.
“Dada a surpresa negativa, as autoridades ainda precisarão implementar uma política de apoio ao crescimento”, afirmou Raymond Yeung, economista-chefe para China do Australia & New Zealand Banking Group.
Zhang Zhiwei, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, disse que o governo poderia aumentar a meta de déficit fiscal para 2024 para impulsionar uma recuperação econômica mais sustentada. O fraco PMI reforça a necessidade de um apoio mais forte e as políticas para o setor imobiliário precisam de ser ajustadas, acrescentou.
O Banco Popular da China poderá cortar novamente a alíquota do depósito compulsório dos bancos nas próximas semanas para liberar mais recursos para a compra de títulos do governo.
A autoridade monetária também pode cortar a taxa de juros de um ano em meados de novembro, quando vencem 850 bilhões de yuans (US$ 116 bilhões) de seus empréstimos de médio prazo.
Os dados de PMI refletem, em parte, fatores sazonais devido a um feriado de oito dias no início de outubro, mas também mostram que a demanda continua fraca.
Os índices de novos pedidos, tanto no setor industrial quanto no não industrial, ficaram ambos abaixo da marca dos 50 pontos, indicando uma contração da demanda.
“Parte do declínio se deve à sazonalidade, mas mesmo assim foi um pouco decepcionante”, disse Michelle Lam, economista do Société Générale. “Isso mostra que a recuperação continua frágil.”
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