ETFs de mercados emergentes somam mais de US$ 10 bi em fluxo no ano

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Bloomberg — A confiança dos investidores globais nos mercados emergentes está de volta, com alta de ações e títulos este mês e novos fluxos para fundos negociados em bolsa (ETFs) dedicados ao segmento.

A entrada líquida em ETFs americanos que investem em economias em desenvolvimento totalizaram US$ 766,1 milhões na semana encerrada em 24 de novembro, depois de um fluxo positivo de US$ 1,57 bilhão na semana anterior, segundo dados compilados pela Bloomberg. No ano, as entradas já ultrapassam US$ 10 bilhões.

Em Wall Street, aumentam as apostas de que o Federal Reserve atingiu o pico do seu ciclo de aperto monetário, abrindo caminho para mais ganhos dos ativos de risco.

“Hoje, os mercados emergentes talvez sejam beneficiários de uma narrativa de recuperação global mais otimista, que contribui para a necessidade de mais commodities”, disse Juan Perez, diretor de operações de mercado da Monex USA.

O índice da MSCI para ações de emergentes teve quatro semanas seguidas de alta, liderado por papéis como a chinesa Country Garden e as brasileiras CSN (CSNA3) e Magazine Luiza (MGLU3).

A alta dos títulos soberanos levou as taxas exigidas pelos investidores a cair 0,84 ponto percentual em média desde o final de outubro, enquanto 19 das 23 principais moedas de emergentes caminham para valorização no mês, incluindo a apreciação de mais de 3% do real.

Com as apostas em flexibilização monetária do Fed em 2024, os analistas elevaram suas estimativas de lucros para as empresas do índice MSCI durante oito semanas consecutivas, a sequência mais longa desde fevereiro de 2022.

Isso fez com o desconto na relação preço/lucro das ações de mercados emergentes se ampliasse para 39% em relação a pares nos Estados Unidos, perto do nível mais barato em um ano.

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