Sabesp: as lições da privatização da Corsan

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Pouco mais de um ano depois da privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), a Aegea, sua nova controladora, tem trabalhado para implementar mudanças na empresa.

Os desafios vão desde a reorganização do quadro de funcionários até a gestão das tarifas ao usuário, além do enfrentamento de ações judiciais. Trata-se de uma amostra do que a Sabesp pode enfrentar caso o processo de desestatização proposto pelo governo de São Paulo tenha êxito neste ano.

“O quadro de profissionais é um ativo tão relevante quanto a companhia em si, com uma cultura forte e ampla capacidade de atuação”, disse o CEO da Aegea, Radamés Casseb, em entrevista à Bloomberg Línea.

A Aegea assumiu, em julho de 2023, uma Corsan com 5.600 funcionários. Um acordo coletivo foi firmado com o sindicato da categoria, com garantia de estabilidade do emprego por 18 meses – que poderia ser convertido em indenização caso o empregado optasse por pedir demissão. Desde então, 2.000 funcionários pediram para sair, de acordo com a companhia. Mas houve manutenção do corpo mais qualificado.

Corsan Aegea — Operação da Corsan em cidade do Rio Grande do Sul já sob a gestão da Aegea: reorganização e investimentos (Foto: Divulgação/Aegea)

No radar dos mercados

As ações europeias reduziram os ganhos nesta segunda-feira (4), depois de se aproximarem de uma máxima histórica, enquanto os investidores aguardam por garantias de que os bancos centrais estão no caminho para reduzir as taxas de juros nos próximos meses.

🇨🇳 Restrição na China. Li Qiang, da China, será o 1º primeiro-ministro em três décadas a não realizar uma coletiva de imprensa durante as reuniões parlamentares anuais, uma medida que provavelmente aumentará os temores dos investidores em relação à formulação de políticas opacas. A decisão ocorre em um momento em que o Partido Comunista no poder está restringindo o acesso à informação. A China limitou o fluxo de dados corporativos, documentos judiciais e revistas acadêmicas ao longo do último ano, dificultando a capacidade dos investidores de avaliar a desaceleração da economia.

🚀 Bitcoin acima dos US$ 65 mil. O bitcoin volta a subir nesta segunda, se aproximando de sua máxima histórica, impulsionado pelas expectativas de uma forte demanda por fundos de índice negociados em bolsa (ETFs). A moeda subia US$ 65.095 por volta das 7h (horário de Brasília) - sua primeira vez acima de US$ 65.000 desde novembro de 2021.

🇺🇸 Powell no radar. O presidente do Fed, Jerome Powell, deve reforçar sua mensagem de que não há pressa para reduzir as taxas de juros, especialmente após novos dados de inflação mostrarem que as pressões de preços persistem. Powell apresentará seu depoimento semestral sobre política monetária a um comitê da Câmara nesta quarta-feira e a um painel do Senado na quinta-feira. O chefe do BC dos EUA e quase todos os seus colegas têm afirmado nas últimas semanas que podem se dar ao luxo de serem pacientes ao decidir quando cortar as taxas, dada a força da economia dos EUA.

📱 Apple fora de carteira do Goldman. A Apple foi removida da lista de principais apostas na bolsa do Goldman Sachs diante do desempenho inferior de suas ações. A fabricante do iPhone fazia parte de uma lista de convicção do Goldman, composta por 20 a 25 nomes, desde que foi lançada em junho passado. Preocupações com uma queda prolongada nas vendas dos principais produtos têm sido a causa principal, especialmente à medida que os problemas econômicos da China continuam.