Goldman Sachs diz que IA pode impulsionar lucros de empresas nos EUA

Apesar da incerteza sobre o impacto da IA, tecnologia pode aumentar margens em quase 4 pontos percentuais em 10 anos, dizem estrategistas

Equipe do banco observa, contudo, que prever o impacto da IA é complicado
Por Ksenia Galouchko
17 de Maio, 2023 | 01:31 PM

Bloomberg — A inteligência artificial (IA) tem o potencial de oferecer o maior suporte de longo prazo às margens de lucro nos Estados Unidos, de acordo com estrategistas do Goldman Sachs (GS).

Apesar da grande incerteza sobre o impacto da IA, a tecnologia pode aumentar as margens líquidas em quase 4 pontos percentuais ao longo de uma década, disseram os estrategistas, liderados por Ben Snider.

Seria um contraponto a ventos contrários crescentes, como uma possível recessão, juros altos, níveis elevados de estoques e inflação, que tornam “improvável” uma expansão significativa das margens no curto prazo, disseram.

O lançamento do ChatGPT, da OpenAI, no final do ano passado criou um frenesi, com empresas correndo para lançar suas próprias ferramentas e investidores comprando qualquer coisa relacionada à IA.

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Houve cerca de 1.600 menções a IA por empresas americanas e europeias em teleconferências de resultados do primeiro trimestre, um número recorde, segundo transcrições analisadas pela Bloomberg.

No entanto, a equipe do Goldman Sachs observa que prever o impacto da IA é complicado devido ao grande número de fatores desconhecidos, como regulamentação.

“Além da incerteza em torno do eventual impacto da IA na atividade econômica, a possível resposta de políticas de governo à adoção generalizada da IA significa que o efeito líquido de longo prazo nos lucros corporativos é difícil de prever”, escreveram os estrategistas do Goldman.

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No final de março, os estrategistas do banco disseram que os investidores deveriam comprar ações de crescimento americanas com margens altas, evitando ações de crescimento com margens baixas, mesmo com os mercados de renda variável e renda fixa divergindo na precificação de uma recessão.

-- Com a colaboração de Michael Msika

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