Morgan Stanley alerta para o risco de desafiar Fed e diz que rali é sazonal

Últimas cotações

Bloomberg — Investidores que estão dispostos a aproveitar o rali das bolsas americanas podem se decepcionar, pois estão desafiando diretamente o Federal Reserve (Fed), de acordo com estrategistas do Morgan Stanley.

“A melhora de preço das ações começou a convencer muitos investidores de que estão perdendo algo — obrigando-os a participar mais ativamente”, escreveu a equipe liderada por Michael Wilson em nota. “Achamos que a recente alta de preço é mais um reflexo do efeito sazonal de janeiro e da cobertura (de posição) vendida após um final difícil de dezembro e um ano brutal.”

Na verdade, os resultados corporativos são piores do que o esperado, especialmente no que diz respeito às margens, disseram. “Em segundo lugar, investidores parecem ter esquecido a regra fundamental: ‘Não lute contra o Fed’. Talvez esta semana sirva como um lembrete.”

As autoridades do banco central dos Estados Unidos estão prestes a elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual na quarta-feira (1º), aplicando um aumento menor pela segunda reunião consecutiva. Uma série de dados recentes indica que a campanha agressiva do Fed para desacelerar a inflação está dando resultado.

O S&P 500 embarcou em um rali desde o início da temporada de balanços, o que ampliou o avanço do índice este ano.

Mesmo com os crescentes sinais de desaceleração econômica, investidores têm recompensado empresas que superaram as expectativas e punido menos aquelas que ficaram aquém das projeções. Wendy Soong, da Bloomberg Intelligence, atribui essa dinâmica aos esforços de reestruturação e aos planos de corte de custos, o que gera mais confiança entre investidores.

No entanto, um Fed que não está disposto a adotar uma postura mais “dovish”, ou seja, de afrouxamento monetário, “junto à realidade da pior recessão de lucros desde 2008, mais uma vez é mal precificado, em nossa opinião”, disse Wilson. “Achamos que isso deve levar à etapa final deste mercado baixista em pouco tempo.”

Veja mais em Bloomberg.com

Natura pode vender fatia da Aesop para LVMH ou L’Oreal, segundo fontes

Paul Krugman: moeda comum de Brasil e Argentina é uma ‘ideia terrível’