Amazon planeja contratar 150 mil trabalhadores temporários para o fim do ano

Número é o mesmo do último ano, apesar de expectativa de um final de ano menos intenso em termos de compras

Empresa também reduziu a força de trabalho em quase 100.000 pessoas entre março e junho, o maior declínio trimestral de sua história
Por Matt Day e Spencer Soper
06 de Outubro, 2022 | 09:34 AM

Bloomberg — A Amazon.com (AMZN) planeja contratar 150.000 trabalhadores sazonais, quase o mesmo que no ano passado, apesar da desaceleração das vendas e das previsões de uma temporada de compras de fim de ano morna.

A maior varejista online do mundo normalmente contrata um alto número de trabalhadores temporários nesta época do ano para ajudar a armazenar, embalar e enviar itens. Funcionários podem ganhar mais de US$ 19 por hora, em média, com base em sua posição e localização nos EUA, disse a Amazon em comunicado. O anúncio segue a decisão do Walmart (WMT) de contratar cerca de 40.000 trabalhadores sazonais este ano, abaixo dos 150.000 em 2021.

A Amazon aumentou as contratações durante a pandemia para dar conta do aumento nos pedidos de compras e entregas em casa. Quando os consumidores voltaram aos antigos hábitos este ano, a empresa com sede em Seattle se viu sobrecarregada com muitos funcionários e instalações.

Desde então, a Amazon fechou, atrasou ou abandonou planos para dezenas de armazéns nos EUA e na Europa, informou a Bloomberg em setembro. A empresa também reduziu a força de trabalho em quase 100.000 pessoas entre março e junho, o maior declínio trimestral de sua história.

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Enquanto isso, os comerciantes terceirizados que respondem por mais da metade das vendas online da empresa estão se preparando para o que temem ser uma pífia temporada de compras de fim de ano. Alguns esperam cortar os preços para movimentar o estoque não vendido. É uma mudança abrupta em relação a 2020 e 2021, quando os vendedores lutavam para colocar produtos suficientes nos armazéns da Amazon para atender à demanda alimentada pela pandemia, mesmo que a escassez crônica permitisse aumentar os preços.

Este ano, as vendas online nos EUA aumentarão apenas 9,4%, para US$ 1 trilhão, a primeira vez que o crescimento caiu para um dígito, segundo a Insider Intelligence, que em junho reduziu sua previsão anual anterior. As compras na Amazon devem atingir US$ 400 bilhões, um aumento de 9% e mais lento do que o setor em geral, diz a empresa de pesquisa.

A varejista, o segundo maior empregador privado dos EUA depois do Walmart, empregava 1,5 milhão de pessoas no final de junho.

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