Redes sociais falham em manter usuários LGBT seguros, diz estudo

Cinco principais redes sociais tiveram pontuação abaixo de 50 sobre 100 em segurança para usuários LGBT, segundo o índice desenvolvido pela GLAAD

O relatório, divulgado nesta quarta-feira, classifica o Instagram como o menos pior, considerado 48% seguro, seguido pelo Facebook, Twitter, YouTube e TikTok.
Por Elizabeth Moore
17 de Julho, 2022 | 06:41 PM
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Bloomberg — Uma das principais organizações de defesa de grupos LGBT criou uma pontuação de segurança para usuários vulneráveis nas redes sociais como TikTok e Twitter (TWTR). Todas foram reprovadas.

As cinco principais redes sociais tiveram pontuação abaixo de 50 sobre 100 em segurança para usuários LGBT, segundo o índice desenvolvido pela GLAAD, uma organização que combate o ódio contra gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. O relatório, divulgado nesta quarta-feira, classifica o Instagram como o menos pior, considerado 48% seguro, seguido pelo Facebook, Twitter, YouTube e TikTok.

“Basicamente, todo o setor está falhando”, disse Jenni Olson, diretora sênior do programa de segurança de mídia social da GLAAD.

As pontuações são baseadas em fatores que vão desde se a plataforma inclui pronomes de gênero em perfis, até moderação de conteúdo e diversidade de suas forças de trabalho. No ano passado, as empresas fizeram algumas melhorias e a GLAAD espera que seu relatório seja um catalisador para mais mudanças, disse Olson.

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Em fevereiro, o TikTok atualizou suas diretrizes para proibir explicitamente ofensas contra grupos LGBT e misoginia, após solicitação da GLAAD e da UltraViolet, uma organização de empoderamento feminino. As práticas incluem o chamado deadnaming, que consiste em se referir a uma pessoa trans pelo nome que recebeu no nascimento. A GLAAD chama isso de “uma invasão de privacidade que mina a identidade da pessoa trans e pode colocá-la em risco de discriminação e até violência”.

No Twitter, na terça-feira passada, o deadnaming do ator Elliot Page estava em alta por 45 minutos antes de a plataforma removê-lo, de acordo com o Buzzfeed, embora o deadnaming seja explicitamente proibido na política de conduta do Twitter.

O Twitter disse que a empresa já recebe feedback da GLAAD e “interage com a GLAAD para entender melhor suas recomendações e está comprometido com um diálogo aberto para informar melhor nosso trabalho para apoiar a segurança LGBT”.

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A Alphabet, que controla o Google (GOOG) e o YouTube, disse que a empresa fez “progressos significativos em nossa capacidade de remover rapidamente conteúdo odioso e de assédio e exibir conteúdo de forma proeminente nos resultados de pesquisa e recomendações de fontes autorizadas”.

A Meta, dona do Facebook (FB) e do Instagram, disse que a empresa proíbe conteúdo violento ou desumanizante direcionado a pessoas LGBT e remove alegações sobre a identidade de gênero de alguém mediante solicitação.

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