Burger King mira loja 100% digital e Geração Z

Também no Breakfast: Cautela pavimenta o caminho dos mercados; Três indicadores globais sinalizam que o pico da inflação pode ter ficado para trás e Pacote do governo mira alvo errado e pode ‘matar’ o etanol, diz especialista

Tempo de leitura: 5 minutos

Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

A inflação e os juros em alta estão quase monopolizando o noticiário econômico nas últimas semanas - e Elon Musk, como não? -, mas há espaço para histórias de negócios e de crescimento, com reconhecimento dos investidores mesmo em um mercado acionário em queda. Um desses casos é o Burger King Brasil, empresa que opera quase mil lojas das redes Burger King e Popeyes no mercado doméstico.

A empresa, cujas ações já subiram perto de 20% neste ano, está acelerando a execução do seu plano de transformação digital com foco no consumo, a tal ponto que acaba de conduzir um processo sucessório que colocará no comando - como CEO - a partir do início de 2023 o atual VP de Marketing, Tecnologia e Vendas, Ariel Grunkraut, em substituição a Iuri Miranda, que irá para o conselho de administração.

🤖 O plano é ousado, como manda o receituário de crescimento e inovação dos novos tempos (antes de os juros subirem): as novidades incluem de loja com atendimento 100% digital, sem caixas com funcionários para o pagamento, até um programa de fidelidade de alcance raro no segmento, que já conta com cerca de 5 milhões de clientes, segundo contou Ariel em entrevista à Bloomberg Línea.

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🍔 O executivo explicou ainda as medidas estratégicas tomadas para reforçar o apelo do Burger King no Brasil junto aos jovens da Geração Z, com até 25 anos, que formam o público-alvo da rede de hambúrgueres.

Conheça os planos de transformação digital do Burger King Brasil nesta entrevista exclusiva com o futuro CEO da empresa.

Ariel Grunkraut,  futuro CEO da BK Brasil, operação brasileira do Burger Kingdfd

Na trilha dos Mercados

A cautela continua marcando o passo dos mercados financeiros em uma manhã de correção. Depois do fechamento positivo de ontem nas bolsas dos Estados Unidos, os contratos futuros de índices deste país e as bolsas europeias encadeiam perdas.

🎯 Centro das atenções. São dois os eventos que ditam prudência aos investidores nesta semana. A primeira é a reunião de amanhã do Banco Central Europeu (BCE), que deve dar um giro de posicionamento e tomar as rédeas para domar uma inflação galopante - mais de quatro vezes acima da meta de 2% para o ano. E na sexta-feira tem o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos - de novo a inflação -, dado ansiosamente aguardado pelos operadores, à caça de pistas para prever como o Federal Reserve (Fed) conduzirá o ciclo de alta dos juros sem danificar o crescimento econômico.

👎 Pessimismo no ar. Hoje a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulga seu informe bianual com tendências e previsões para os próximos dois anos. Espera-se que o organismo europeu acompanhe o tom do Banco Mundial, que ontem fez soar o alarme com menores projeções de crescimento para este ano e um alerta para a possibilidade de estagflação, um fenômeno que ocorre quando há uma mistura de alta inflação e crescimento econômico praticamente nulo. O BIRD reduziu a 2,9% sua estimativa de crescimento global para 2022, abaixo da previsão de 4,1% de janeiro e da estimativa feita em abril, de 3,2%.

✂️ Nem tudo são flores... No front corporativo, saem algumas notícias desanimadoras. O Credit Suisse Group AG avalia nova rodada de cortes de empregos, uma medida para reduzir custos depois do alerta de um segundo trimestre de perdas, de acordo com a Bloomberg, citando fontes a par do assunto. As demissões pelo banco suíço se dariam em todas as divisões, incluindo bancos de investimento e gestão de riqueza em diferentes regiões. O cenário econômico turvo, com retração do consumo, levou a rede varejista Target a revisar ontem, pela segunda vez em poucas semanas, as projeções para suas receitas.

Um panorama à primeira horadfd
🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrial (+0,80%), S&P 500 (+0,95%), Nasdaq Composite (+0,94%), Stoxx 600 (-0,28%), Ibovespa (-0,11%)

As bolsas norte-americanas deram sequência aos ganhos da segunda-feira e seus três principais índices fecharam em alta, amparados pela esperança de que o Fed conseguirá controlar a inflação sem desencadear uma recessão econômica. As ações conseguiram se recuperar do sentimento de risco gerado pelos prognósticos pessimistas do Banco Mundial e da queda das ações da Target. A varejista arrastou para baixo o setor de consumo após cortar, pela segunda vez em três semanas, suas perspectivas de ganhos.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados e se inscreva no After Hours, a newsletter vespertina da Bloomberg Línea com o resumo do fechamento dos mercados.

No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: Juros e Pedidos de Hipotecas MBA, Vendas no Atacado/Abr, Atividade das refinarias de Petróleo - EIA

Europa: OCDE divulga relatório bianual sobre as principais tendências econômicas globais e perspectivas para os próximos dois anos. Zona do Euro (PIB/1T22, Variação no Emprego/1T22); Alemanha (Produção Industrial/Abr, PMI de Construção/Mai); Reino Unido (Índice de Preços de Imóveis Halifax/Mai); França (Balança Comercial/Abr); Espanha (Confiança do Consumidor); Itália (Vendas no Varejo/Abr)

América Latina: Brasil (IGP-DI/Mai, Índice de Evolução de Emprego do CAGED/Abr, Confiança do Consumidor Reuters-Ipsos/Jun, Balança Comercial/Mai); Chile (Inflação/Mai; Relatório de Política Monetária); Argentina (Turismo Internacional/Abr)

Bancos centrais: Decisão sobre juros do banco central da Índia. Discurso de Sabine Mauderer (Bundesbank)

📌 Para a semana:

Quinta-feira: Decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e entrevista de sua presidente, Christine Lagarde. Dados sobre comércio e empréstimo da China.

Sexta-feira: EUA: IPC e Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan. Índices de Preços ao Produtor e ao Consumidor da China

Destaques da Bloomberg Línea

Governo não deveria subsidiar combustível da minha SUV, diz ex-diretor do BC

Musk: desistir da compra do Twitter não vai ser tão fácil, dizem especialistas

iPhone e produtos da Apple terão carregador USB-C após acordo na Europa

Quadro para ações ainda é complexo, mesmo com múltiplo atrativo, diz Verde

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: • Pacote do governo mira alvo errado e pode ‘matar’ o etanol, diz Adriano Pires • Cúpula das Américas começa com Bolsonaro e Fernández, mas sem líder mexicano • Inflação: 3 indicadores globais sinalizam que o pico pode ter ficado para trás • Os planos de crescimento e contratação desta healthtech mesmo em cenário adverso

• Opinião Bloomberg: Apps como Wordle, BeReal e até Facebook ficam menos viciantes

• Pra não ficar de fora: Fintechs têm menos mulheres do que os bancos que pretendem substituir

⇒ Essa foi uma amostra do Breakfast, que na versão completa inclui muitas outras notícias de destaque do Brasil e do mundo.

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe